2 de Dezembro de 2013
Santa Bibiana
“A bela moça se fez de louca para não ser prostituída”
Bibiana nasceu no século IV, em Roma, de pais cristãos, o antigo prefeito de Roma chamado Flaviano e sua mãe Dafrosa. Eles foram martirizados quando o imperador romano Juliano, o Apóstata, iniciou a perseguição aos cristãos.
Conforme a antiga tradição, o governador local mandou Bibiana para uma casa de prostituição de luxo, para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.
Sem renegar Cristo, foi entregue para ser chicoteada até morrer. Outro milagre aconteceu nesse momento, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir. Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.
A história do seu martírio ganhou a devoção dos fiéis. Santa Bibiana passou a ser invocada contra os males da cabeça, as doenças mentais e a epilepsia.
Santa Bibiana é retratada numa bela escultura de Gian Lorenzo Bernini, (1598-1680), grande escultor do Barroco Italiano, cujos traços refinados trazem às suas obras um jogo de suavidade, ternura, paixão, mesmo para o observador mais incauto. As esculturas dos santos apresentam uma vivacidade que pouco se encontra em traços de representações dos mesmos. Isso os torna vivos, sagazes, com movimento e não apenas representações imóveis.
A escultura de Santa Bibiana encontra-se hoje na igreja do mesmo nome em Roma. Os corpos da mãe e da irmã de Bibiana, que também foram martirizados, encontram-se depositados em urnas sob o altar principal.
No Brasil, Santa Bibiana possui uma igreja Matriz em Martinópolis e é padroeira da cidade, sendo, inclusive, feriado no dia de sua festa. Fica 565 km da capital do estado de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário