4 de Junho de 2017
Dia das Crianças Vítimas da
Violência
Dia quatro de junho não é data para se
comemorar. É um dia para refletirmos sobre algo terrível: a violência contra as crianças. Em todo o mundo ela acontece e, no
Brasil, também. É preciso ficarmos atentos para o significado dessa agressão e
nos perguntarmos de que tipo de agressão estamos falando. Somente da agressão
física? Existem diversos níveis de agressão: a corporal, a psicológica, a
social, a econômica...
Violência Corporal
Segundo o Ministério da Saúde a violência é a segunda
principal causa de mortalidade global no Brasil, e só fica atrás das mortes por
doenças do aparelho circulatório. Os jovens são os mais atingidos. Além deles,
a violência atinge ainda, em grau muito elevado, as crianças e as mulheres.
Para essa situação contribuem diversos
fatores, entre eles, a má distribuição de renda, a baixa escolaridade e o
desemprego.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, 64%
das denúncias de agressão à criança tem origem em casa, de acordo com
levantamento do SOS Criança (instituição estadual que recebe denúncias de
agressão contra a criança e o adolescente). Os episódios mais rotineiros são
afogamento, espancamento, envenenamento, encarceramento, queimadura e abuso
sexual.
Não é preciso ressaltar o quanto os casos
de estupro, de clausura, prejudicam o desenvolvimento afetivo e psicológico da
criança, sem falar naqueles que levam à morte ou a problemas físicos
irreversíveis.
Violência Econômico-Social
Segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios - Trabalho Infantil, realizada pelo IBGE, o trabalho
infantil é exercido por cerca de 2,2 milhões de crianças brasileiras,
entre 5 e 14 anos de idade. A maioria dessas crianças vem
de famílias de baixa renda e trabalha no setor agrícola.
Dados da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) apontam que nos países em desenvolvimento, mais de 250 milhões
de crianças de 5 a 14 anos de
idade trabalham.
A maioria delas (61%) vive na Ásia - um
continente de grande densidade populacional e, em seguida, vem a África, com
32%. Porém, em termos relativos, é na África que a situação preocupa, pois em
cada cinco crianças, duas trabalham. Na
Ásia, a proporção cai para a metade: de cada cinco crianças de 5 a 14 anos, uma trabalha.
Nas grandes cidades, muitas crianças são ambulantes,
lavadoras e guardadoras de carros, engraxates etc., vivem de gorjetas, sem
remuneração ou com, no máximo, um salário mínimo. Esta situação as afasta da
sala de aula e também das brincadeiras, jogos lúdicos fundamentais para um
desenvolvimento psicológico saudável rumo à vida adulta.
Em conseqüência da pobreza, essas crianças necessitam
trabalhar para ajudar no sustento familiar. O trabalho infantil é proibido pela
Constituição Brasileira de 1988 e seu combate é considerado pela Organização
das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma
das prioridades dos países em desenvolvimento.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
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