8 de Julho de 2013
Bem-aventurado Eugênio III
“Papa que enfrentou um período difícil e violento na história da Igreja”
Píer Bernardo Paganelli, era o nome de batismo do Papa Eugênio III, que nasceu por volta do ano de 1100, em Montemagno, Itália. Pertencia a uma família nobre, rica e cristã. Era inteligente, reservado e calmo, teve a oportunidade de estudar nas melhores escolas de sua época. Recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, próximo da sua cidade natal.
Em 1135, Píer ingressou na Ordem Cisterciense, se tornando um monge. Depois foi designado a abrir outro mosteiro da Ordem, em Farfa, diocese de Viterbo, onde foi nomeado abade pelo Papa Inocêncio II. E em 1145, Píer Bernardo Pignatelli foi eleito Papa.
Seu pontificado deu-se numa época muito difícil para a Igreja. Existia um líder político chamado Arnaldo de Bréscia, e ele queria que fosse eleito um papa que entregasse o poder político para o seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais foram saqueadas, para tentar impor a vontade de Arnaldo. Devido a essas pressões, os cardeais resolveram eleger Píer, por não ser um cardeal e por estar fora da mira de Arnaldo.
Depois de assumir o pontificado teve que fugir de Roma, horas após a sua eleição, para o mosteiro que havia fundado em Farfa. Ali permaneceu junto com os cardeais, até o povo pedir sua volta para Roma. Ao retornar, o papa Eugênio III, assumiu o controle da cidade, impondo a paz.
Pouco tempo depois, por não ceder às chantagens de Arnaldo que queria assumir o poder da cidade de Tívole, Papa Eugênio III teve que ir para França, pois sua vida corria risco. Nesse período convocou quatro concílios para impor disciplina, teve que afastar dois arcebispos, e promoveu uma reforma na Igreja e na cúria Romana.
Só retornou para Roma, depois de receber ajuda do imperador Frederico Barba-Roxo, que era contra os republicanos de Arnaldo.
Papa Eugênio III faleceu no dia 8 de julho de 1153, com cinquenta e três anos, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período complicado e violento da história. Foi beatificado em 1872.
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