28 de Setembro de 2013
Enquanto todos se admiravam com tudo o que Jesus fazia, ele disse aos discípulos: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens”. Mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.
OS DISCÍPULOS NÃO COMPREENDIAM O PORQUÊ DE UM HOMEM TÃO BOM TER QUE PASSAR PELO SOFRIMENTO
A relação de Jesus com seus discípulos era aberta e sincera. Eles precisavam estar preparados para suportar o seu sofrimento sem desanimar. Jesus também queria esclarecer para seus apóstolos que tipo de “Cristo de Deus” era Ele, a quem estavam seguindo. Jesus quer tirar dos discípulos qualquer tipo de engano ou ilusão à sua pessoa e à sua missão.
Os discípulos não compreendiam ou não podiam compreender, pois até então eles partilhavam com seus contemporâneos de uma ideia de Messias, que não tinha nada a ver com o que se realizava em Jesus de Nazaré. Eles não entendiam o porquê do enviado de Deus sofrer, se seu Pai tinha poder de livrá-Lo dos malvados.
A falta de compreensão deles deixava Jesus mais sozinho e abandonado no seu destino doloroso de cruz. A morte para os discípulos era uma ideia tão absurda, que somente a Ressurreição viria convencê-los do que Jesus havia falado antes da morte.
POR QUE OS BONS SOFREM TANTO?
É comum ouvir das pessoas em momentos de desabafo, diante das injustiças e tanta corrupção no Brasil: “Por que os bons sofrem tanto?”, “Vale a pena ser direito?”, e tantas outras formas de questionar o aparente sucesso daqueles que procedem mal.
É interessante perceber que a Bíblia está cheia de argumentos neste sentido, principalmente no livro dos Salmos, onde o povo expressava de maneira espontânea e sincera o que pensava.
Respondendo de acordo com o pensamento cristão, posso afirmar que o próprio Jesus tinha consciência dessa angústia das pessoas do bem, quando constatou: “Os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz”. E o que Ele apresentou então, como solução?
Primeiro, Ele nos ensinou que todo aquele que procede de maneira desonesta, mais cedo ou mais tarde irá pagar pela desonestidade cometida, porque Deus é o Deus da justiça e ninguém fica impune da maldade que faz ao seu semelhante.
E os bons, que buscando ser honestos não tiveram bons resultados, não cresceram financeiramente e até mesmo foram humilhados e vítimas de danos que os fizeram sofrer?
No conhecido Sermão da Montanha Jesus promete a todos que o mundo fez sofrer, a recompensa eterna.
“Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros no coração, porque verão a Deus.
Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus” (Mateus 5,3-12).
É difícil para nós humanos deixar pra depois parte da nossa felicidade, porque somos imediatistas e, em parte, materialistas. Queremos investir todas as cartadas na vida humana transitória, mas, tenhamos consciência de que existe outra realidade e nossa vida é continuada em outra dimensão. Grande parte de nossa felicidade não está aqui, mas no futuro que nos espera.
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