A FÉ PERIGOSA!
A “FÉ PERIGOSA” DOS QUE NECESSITAM DE
CURAS, MILAGRES E FATOS EXTRAORDINÁRIOS PARA CRER!
Toda pessoa educada nos valores e princípios da fé cristã sabe reconhecer o poder de Deus. Admite a sua fragilidade humana e sente a necessidade de, diariamente, estar ligado ao Pai, assim como um galho permanece unido ao tronco de sua árvore. Essa ligação acontece no dia-a-dia e nos fatos cotidianos da vida.
No entanto, há pessoas, que necessitam de sinais extraordinários para acreditar na presença de Deus: curas, milagres, sonhos fantasiosos, testemunhos mirabolantes, histórias fantásticas de conversões, aparições...
As pessoas que alimentam sua fé desta maneira, correm um sério perigo em querer que Deus resolva tudo, sem precisar seu esforço humano, está exposta a todo tipo de charlatões espalhados na sociedade, que usam o nome de Deus para tirar proveito das pessoas, principalmente as mais fragilizadas e sofredoras.
Fatos extraordinários acontecem, porque “para Deus nada é impossível” e Ele continua agindo de formas diversas. Mas, o que é perigoso é manter a fé apenas de acontecimentos extraordinários. Existem pessoas tão ligadas a esse estilo de crer que cansa os que convivem com ela, além de criar um sensacionalismo sentimental que pode afastar aqueles que ainda não foram tocados na fé.
Devemos crer em Deus e todo seu projeto desenvolvido por Jesus Cristo, com cura ou sem cura, com milagre ou sem milagre, com aparição ou sem aparição. Devemos ter a consciência de que Ele se faz presente nos acontecimentos mais simples da nossa vida pessoal, profissional, familiar.
Uma das nossas grandes dificuldades é a de perceber os sinais de Deus acontecendo, todo dia, nos acontecimentos corriqueiros, nos nossos afazeres. Muitas vezes, por não termos a sensibilidade de perceber que é Deus, atribuímos à sorte, coincidência e até ao acaso.
Em nossas orações é preciso ter a humildade de pedir sempre, como fez Tomé: “Senhor, eu creio em voz, mas aumentai a minha fé!” e o meu discernimento para perceber que é o Senhor que está “colado” em mim!
Pe. Rosivaldo Motta, CSsR
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