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domingo, 31 de agosto de 2014

31/08 - Mt 16,24-28

31 de Agosto de 2014

evandia

Mateus 16,24-28

Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!” Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”.

Entendendo

“SE ALGUÉM QUER VIR APÓS MIM,
RENUNCIE A SI MESMO, TOME SUA CRIZ E SIGA-ME!”

Após um longo tempo de caminhada preparando os discípulos para continuarem a sua missão, era chegada “a hora da verdade”, ir a Jerusalém e ficar frente a frente com o poder religioso oficial, no Santuário de tradição do povo judeu. Sabendo da barra pesada que iria enfrentar, Jesus começa a preparar os discípulos para encarar o sofrimento.

Ingenuamente, Pedro, querendo proteger Jesus, fala de livrá-Lo do sofrimento. Embora, aparentemente, inocente Pedro mostra que a sua concepção de vida ainda é distorcida, pois não quer encarar as lutas e batalhas para defender os valores de Deus. Jesus o recrimina forte e diz que a sua ideia não vem de Deus, mas do inimigo.

Jesus fala de duas realidades no Evangelho de hoje. A vida na terra e a vida eterna. Mostra que a trajetória humana é um estágio temporário que fazemos e, a depender da nossa conduta, seremos felizes ou não.

Em todo discurso e apresentação de Deus, Jesus defende o Pai como o Deus da justiça que dará a cada um, conforme suas obras. Revela a misericórdia do Pai e valoriza as ações mais simples, como importantes para nossa salvação: “Se deres um só copo de água a quem tem sede, não ficarás sem a recompensa”.

“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará”.

Renunciar a si mesmo – esta é a condição para ser salvo. E o que é renunciar a si mesmo? Renunciar a si mesmo não é negar a própria história, mas viver a sua existência, com tudo que a vida tem de bom a oferecer, no dinamismo da entrega a Deus e ao próximo.

Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver e ser feliz; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida; é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver os ensinamentos de Jesus como prioridade, a cada dia; é renunciar a todo tipo de egoísmo.

Atualizando

NÃO É FÁCIL RENUNCIAR A SI
MESMO NUMA SOCIEDADE CONSUMISTA!

Abrir mão dos sonhos não parece proposta que se faça, com intenção de fazer uma pessoa feliz. Porém, importante é saber que sonhos são esses!

Como a maioria das pessoas que necessitam de conversão, temos nossos sonhos influenciados pela cultura e costumes mais comuns, promovidos pelos meios de comunicação de massa. Sonhos como ter uma casa mais espaçosa e melhor localizada; ganhar dinheiro fazendo o que gosta de fazer; comprar elementos de última geração...

Muitas vezes tomamos como justificativa esse contexto consumista que impera na sociedade. Essa é uma tentação, pois por todos os lados, pela necessidade da indústria e do mercado de produzir e vender são oferecidos a nós, os mais variados bens de consumo, trazendo na propaganda promessas de felicidade em diversos "tamanhos e gostos diferentes".

O apego aos bens tende a ser automático, numa sociedade constantemente estimulada a consumir, e consumir por diversos motivos os mais mesquinhos e emotivos, não simplesmente pela necessidade. Muitos de nós, senão todos nós, ao parar para observar o próprio comportamento, nota que é muito apegado a coisas, mesmo quem já tenha um alto grau de santidade.

Recordo entre os colegas de escola, um que afirmou, com relação ao cantor Renato Russo (que já havia morrido na época), vestindo uma camisa com a foto deste: "Ele tinha tudo! Eu não tenho nada!" O cantor sem dúvida tinha talento, muito dinheiro, fama e sucesso. Agora, tudo não tinha de jeito nenhum. Obviamente "tudo" para este colega era fama, dinheiro e sucesso.

Também hoje os exemplos são inúmeros, como no trabalho, mesmo entre pessoas que se dizem cristãs, o desejo de poder, de comer determinado doce, usar determinado sapato, e por aí vai.

Em meio a tudo isso, renunciar a si mesmo, o que inclui naturalmente renunciar ao que possui, exige um esforço heroico, de certa forma semelhante aos santos mártires, que para seguir Cristo não aceitaram ceder à pressão da sociedade em que estavam inseridos, preferindo entregar suas próprias vidas.

Fonte: secundumchrist.blogspot.com.br

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