A GANÂNCIA E O DESEJO
DESCONTROLADO DE ‘TER’ E ‘ACUMULAR’
A ganância está diretamente relacionada ao "ter". Não é de hoje que as pessoas querem ter mais do que precisam. Inclusive o "precisar" é muito relativo: do que eu preciso para ser feliz? Do que você realmente precisa para ser feliz?
O mundo de hoje vive a cultura do consumismo, e o tempo inteiro somos conduzidos a acreditar que precisamos cada vez de mais e mais...
Aqui existem duas tendências. A daqueles que são obcecados em acumular, e sentem prazer em ter cada vez mais, não importando se já possuem o necessário para viver com dignidade. O “ter” torna-se uma falsa segurança: fazendas, terras, investimentos, carros importados de último modelo... Aos poucos, perde-se a noção do “ser”, para desfrutar das “coisas”.
A outra tendência é a provocada pelo consumismo que fomenta o desejo do “ter” baseado nas ofertas atrativas da sociedade e, para isso, não importa se a pessoa tem ou não condições de gastar na compra daquilo que a vontade pede ou se os cartões de crédito ficarão estourados... Esse desequilíbrio poderá levar a uma doença e a pessoa vir a precisar de tratamento.
As duas tendências estão em todas as camadas sociais: pobres, classe média, ricos..., porque a ganância é um mal que se instala na natureza pecadora da pessoa. É ai que que os princípios cristãos podem ajudar a tomar consciência e trabalhar tal doença, seja na busca de uma graça direta ou a ajuda de um tratamento.
Respondendo com uma parábola ao homem que pediu ajuda, por estar sendo lesado pelo próprio irmão (Lc 12,13-21), Jesus nos leva a refletir sobre a ganância e o consumismo atual. Ele nos lembra da morte, relativiza os bens materiais, e deixa claro que as coisas não nos deixam mais ricos diante de Deus, muito pelo contrário, quando mal utilizadas, podem até servir de obstáculo à salvação.
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