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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

“DIANTE DE TI PONHO A VIDA E PONHO A MORTE!”

“DIANTE DE TI PONHO A VIDA E PONHO A MORTE!” 

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Utilizo a frase de uma música do Pe. Zezinho como título, para falar de uma prática pesada que vai de encontro à Palavra de Deus – a prática do aborto!

Na sociedade machista que vivemos a mulher sempre foi a mais acusada na prática do aborto, pelo fato da natureza privilegiá-la sendo portadora de uma vida em suas entranhas, durante nove meses.

Partindo para a reflexão fundamentada nos valores cristãos: em uma gravidez não planejada, ou adquirida na prática irresponsável de uma relação sexual, a responsabilidade, tanto do cuidado com a vida da criança, como da barbaridade de matar essa vida ainda em feto, é dos dois.

Partindo para a reflexão psicológica: o peso para a mulher é grande, levando em consideração sua fragilidade ao saber que dentro de si está levando um ser que pode mudar o seu destino. Afetada, psicologicamente, a mulher pode ser bombardeada de uma carga emocional tão forte que poderá decidir abortar, sem mesmo saber o que está fazendo. Ainda mais quando isso acontece na adolescência.

Neste sentido, o homem que a engravidou tem muito mais possibilidade de evitar o aborto e defender a vida do feto, do que a própria mulher. Ele sofre menos consequências que ela. Mas o que vemos, na maioria dos casos, é a mulher sendo pressionada a praticar o aborto, por quem a engravidou. Em muitos casos homens casados que não querem que sua vida “estoure”. Isso é grave diante de Deus!

Falei até agora do aborto clássico, que todos conhecem e que acontece todo dia nas clínicas clandestinas e tantos meios ilícitos. Mas existe outra forma de aborto, que não é tida como aborto, mas é. O aborto da “paternidade responsável”. O direito à paternidade responsável é garantido a todos os brasileiros pela Constituição Federal de 1988, no artigo 226, § 7º; no entanto, são inúmeros os casos em que o registro da criança é feito apenas com o nome da mãe.

São os filhos de homens que não assumiram sua responsabilidade e, impunes pela lei, simplesmente abandonam a mãe. Ela passa a conviver com o drama de portar na certidão de nascimento do filho a expressão “pai não declarado”, diante de uma sociedade machista e discriminatória em relação às mulheres.

O ato de abandonar um recém-nascido em caixas de papelão, em portas e esquinas pode levar a mulher que praticou o ato absurdo, à prisão. No entanto, o pai nem sequer é lembrado como envolvido, também, na história.

Um homem que rejeita um filho, ao negar a sua paternidade ele também comete um aborto. Para este homem, aquele filho não existe, está morto em sua consciência. Tal aborto social importará em prejuízos na vida daquele que veio ao mundo sem pedir, mas que tem o direito de ter um pai.

Pe. Rosivaldo Motta, CSsR

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