13 de Fevereiro de 2015
São Martiniano
“Depois de cair em tentação, travou uma luta contra seus próprios desejos para não fraquejar novamente”
Martiniano nasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Desde criança tinha certeza de sua vocação em servir a Deus. Aos dezoito anos entrou numa comunidade de eremitas, e passou a viver recluso.
Ficou conhecido pela sabedoria e vida de oração. Muitas pessoas procuravam Martiniano para pedir conselhos, orientação espiritual e até cura de doenças.
A fama de santidade de Martiniano se espalhou, e atraiu Cloé, uma jovem rica, bela e de maus costumes. Cloé fez uma aposta com seus amigos que iria desviar o santo monge do caminho de Deus.
Vestiu roupas simples, se disfarçou de mendiga e foi pedir abrigo para Martiniano que, por caridade a deixou entrar. Cloé não perdeu tempo, à noite vestiu uma roupa sensual e tentou de todas as maneiras Martiniano, que acabou não resistindo e caiu na tentação.
Arrependido, Martiniano prostrou-se diante de Deus e penitenciou-se. Cloé vendo seu arrependimento tão sincero ficou comovida e também se arrependeu. Pediu orientação a Martiniano, que a aconselhou ir para o convento de Santa Paula, em Belém.
Cloé se converteu, verdadeiramente, e se recolheu no convento onde passou o resto de sua vida como uma consagrada a Deus.
Depois desse ocorrido, Martiniano mudou-se para uma ilha isolada, onde certa vez, ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia se salvou, e pediu abrigo a Martiniano na ilha. Para não correr o risco de cair novamente em tentação, Martiniano acolheu a moça na ilha, e foi embora a nado da ilha. Deus o ajudou e ele chegou em terra firme, são e salvo.
Depois disso, Martiniano tomou a decisão de se tornar andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado.
A vida de São Martiniano nos mostra que os santos não foram homens e mulheres de aço, que não cometeram pecados, pelo contrário foram pessoas, como nós, que buscaram viver uma vida de oração, arrependimento, penitência e profundo desejo de agradar a Deus. Martiniano morreu na cidade de Atenas, no ano 400.
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