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segunda-feira, 20 de abril de 2015

DAR OU NÃO DAR ESMOLAS?

DAR OU NÃO DAR ESMOLAS?

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Jesus se depara com uma multidão faminta, abandonada pelas autoridades, carente em todas as dimensões. Mesmo sabendo que o povo O procura apenas para tirar proveito de milagres, Ele não o abandona.

Em todo Brasil, principalmente nas grandes cidades, convivemos diariamente com pessoas extremamente carentes, são “moradores de rua” que lotam as calçadas e viadutos e, dentre esses, muitos dependentes químicos; crianças nas sinaleiras; mendigos que perambulam pedindo ajuda.

Pela própria situação que se encontra, a pessoa que vive nesse estágio tende a perder valores: educação, gratidão, confiança, fidelidade, fé... É necessário ter muita misericórdia e sabedoria para lidar com elas. Se por um lado não podemos negar-lhe ajuda, pois era assim que Jesus tratava e pedia de nós; por outro, é necessário ter limites na forma de ajudar, para não criar mais dependência, além do perigo de uma reação contrária.

Cito um exemplo acontecido em uma das nossas casas. O Pe. Tomás Bulc, uma bondade em pessoa, sempre ajudava um jovem morador de rua, aparentando 35 anos, que batia à porta, pedindo comida e dinheiro. Com o passar do tempo ele foi levando a companheira, colegas... Certo dia, o padre foi ao banco sacar dinheiro para pagar trabalhadores que reformavam a casa. O rapaz esperou o padre sair do banco, colocou uma faca no seu pescoço e tomou todo dinheiro, esquecendo-se de toda ajuda que recebera antes do Pe. Tomás.

A pessoa extremamente carente é insaciável. E nessa carência profunda ela cria o vício da dependência e, quando não lhe é satisfeita a necessidade, pode haver uma reação de revolta. São pessoas tão judiadas na vida, que perdem, muitas vezes, o sentido da gratidão. Devemos compreender que não podemos exigir ou esperar o mesmo comportamento normal, dessas pessoas que cresceram abandonadas de carinho e aconchego familiar. É agir com misericórdia e cautela.

“A quem muito foi dado, muito será cobrado” (Lucas 12,48). Se nascemos de uma família que nos preparou para a vida, alimentamos uma fé consciente e comprometida, vivemos em boa condição e com possibilidade de ajudar ao semelhante é isso que devemos fazer. No entanto, devemos buscar a melhor maneira de ajudar para, ingenuamente, não estarmos favorecendo a preguiça, alimentando dependências e nos expondo ao perigo.

Um comentário:

  1. a esmola não resolve o problema,você da esmola para um mendigo hoje e amanhã ele vai estar de novo pedindo esmola,a esmola apenas ameniza os efeitos do problema,o problema é que ele não tem como conseguir o dinheiro através do trabalho,o que resolveria o problema seria arranjar um trabalho para o mendigo,eu não preciso ajudar o mendigo através de esmola,pois eu já faço isso através dos meus impostos,segundo a constituição todos tem o direito ao trabalho entre outros direitos sociais,eu já pago para o governo fornecer esses direitos a todos os cidadãos,não faz sentido eu dar esmola,pois eu estaria pagando duas vezes pela mesma coisa,se o mendigo não está tendo acesso ao direito dele ao trabalho,ele que tem que correr atrás dos direitos dele e não eu,eu já fiz a minha parte quando eu paguei os meus impostos

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