15 de Junho de 2015
Mateus 5,38-42
“Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado”.
Entendendo
A VIOLÊNCIA DÁ LUGAR A GESTOS DE AMOR!
No Evangelho de hoje, Jesus mostra em sentido figurado, que o cristão não deve pagar o mal com o mal, conforme a lei antiga do “olho por olho, dente por dente”. Nela, aquele que cometia uma violência deveria receber outro ato violento.
Jesus não estava pregando uma espiritualidade de humilhação e sofrimento. Não lhe interessava ver o discípulo humilhado.
O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu ódio, e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas.
O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor.
Atualizando
GERAR UM FILHO E ABANDONÁ-LO.
UM ATO DE VIOLÊNCIA QUE SÓ O AMOR PODE REPARAR!
Na Bíblia, as recomendações de Deus são claras quanto à formação da família e o reconhecimento da paternidade e da maternidade.
Na formação do casal, Ele diz: “deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne” (Gn 2,24). Num dos dez mandamentos, o pedido de respeito aos pais: “Honrar pai e mãe” (Ex 20,12), mostra a importância da família. Recomenda cuidar da viúva e do órfão em caso de morte do pai: “Não façais mal à viúva nem ao órfão. Se os maltratardes, clamarão a mim, e eu ouvirei seu clamor” (Ex 22,21).
Por isso, tudo que vai de encontro à natureza de Deus é “ato de violência”. Foi Deus que criou cada pessoa com a necessidade do carinho de um pai e de uma mãe, do amor paterno e materno, quando falta um dos dois a carência é sentida, e isso pode gerar sentimentos de frustração, desajuste, insegurança, dificuldade de aprendizagem e outras consequências na vida da pessoa.
Nada justifica o abandono a um filho gerado, nem mesmo o “acidente” de tê-lo fora do casamento. A criança não tem culpa. Ela tem que ser assistida. Privar um filho da presença do pai ou da mãe é um pecado grave diante de Deus.
A ciência também reconhece essa necessidade básica da natureza humana, mesmo diante de outros modelos de família que surgem na sociedade atual. É o que afirma Cristina Nacif, pedagoga da UERJ: “...existem lares compostos por uma mãe e filhos; avó e netos; um pai e filhos; duas mães e filhos; dois pais e filhos etc. Contudo, a diversidade na organização das famílias não as exime da obrigação e da necessidade de garantir à criança e ao adolescente o benefício das funções materna e paterna”.
A função materna diz respeito aos cuidados e à atenção acerca das necessidades físicas, morais, intelectuais e emocionais dos filhos. A função paterna refere-se à lei que traça limites para a regulação das condutas. Deus criou tudo e todos na sua mais perfeita ordem.
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