07 de Julho 2016
São Vilibaldo
“Sua vida de
santidade colocava-o em ação”
Vilibaldo nasceu em 22 de outubro de 700,
na cidade de Wessel, na Inglaterra. Pertencia à casa real dos Kents, seu pai
era o rei Ricardo I e os irmãos eram Vunibaldo e Valburga. Todos eles, mais
tarde, inscritos no livro dos santos da Igreja.
Ainda criança, ele foi confiado aos
monges beneditinos da Abadia de Waltham, que cuidaram se sua formação
intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que decidiu ser também um monge.
Em 720, saiu do mosteiro e da Inglaterra, antes de fazer os votos definitivos,
e nunca mais voltou para sua pátria. Na companhia de seu pai e seu irmão,
seguiu para uma longa peregrinação, cuja meta final era Jerusalém. A viagem foi
interrompida em 722, quando seu pai, o rei, morreu na Itália. Assim, ele e o
irmão resolveram ficar em Roma.
Dois anos depois, sem Vunibaldo,
continuou a peregrinação percorrendo toda a Palestina, que estava sob o domínio
árabe. Os peregrinos, em geral, eram bem acolhidos, entretanto, por causa das
tensões políticas com o Império do Oriente, Vilibaldo e outros peregrinos quase
foram presos, mas puderam prosseguir o caminho em paz. Cinco anos depois, em
729, retornou para Roma.
Nesse mesmo ano, o papa Gregório II o
enviou para o Mosteiro de Montecassino, que havia sido reerguido das ruínas e
carecia de um novo quadro de monges. Vilibaldo deu, então, novo fôlego a esse
celeiro de homens dedicados à santificação, restabelecendo as regras
beneditinas, de acordo com o Livro do fundador, que permanecera a salvo em
Roma.
Assim, esse "quase monge"
inglês, pois ainda continuava sem os votos definitivos, recebeu a relíquia do
papa e com ela organizou e formou uma nova geração de monges, dentro da
verdadeira tradição e do estilo de vida espiritual instituído pelo fundador. A
essa obra dedicou outros dez anos de sua vida.
Novamente foi a Roma, para encontrar-se
com o papa sucessor, Gregório III, que lhe pediu ajuda para a evangelização da
Germânia. Vilibaldo tornou a partir, viajando por todos os recantos da Europa,
até ser requisitado por seu tio, o arcebispo da Alemanha, que alicerçava uma
estrutura diocesana na região e precisava do seu auxilio. Só em 740 Vilibaldo
recebeu a ordem sacerdotal definitiva, para ser consagrado bispo de Eichestat,
pelo próprio tio, Bonifácio, hoje santo e chamado "apóstolo da
Alemanha".
O bispo Vilibaldo construiu sua catedral, fundou um mosteiro e,
sobretudo, controlou rigorosamente todos os outros mosteiros que ali existiam,
por determinação de Bonifácio. A partir de então, iniciou uma experiência nova:
a de evangelizador itinerante, colocando-se frente a frente com os fiéis que
aos poucos iam se convertendo ao cristianismo.
Dedicou-se até morrer, no dia 7 de julho de 787, no seu mosteiro de
Eichestat, na Alemanha, à evangelização.
Com fama de santidade ainda em vida, logo
passou a ser venerado num culto espontâneo e vigoroso, muito antes do seu
reconhecimento canônico, em 1256.
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