12 de Julho de 2016
Mateus 11,20-24
Então Jesus começou a censurar as cidades
nas quais tinha sido realizada a maior parte de seus milagres, porque não se
converteram. “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Se em Tiro e Sidônia se
tivessem realizado os milagres feitos no meio de vós, há muito tempo teriam
demonstrado arrependimento,vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. Pois
bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos
dura do que vós. E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Até o inferno
serás rebaixada! Pois se os milagres realizados no meio de ti se tivessem
produzido em Sodoma, ela existiria até hoje! Eu, porém, te digo: no dia do
juízo, Sodoma terá uma sentença menos dura do que tu!”
Entendendo
JESUS DENUNCIA UM PECADO COLETIVO
COMETIDO PELA POPULAÇÃO DE DUAS CIDADES!
No evangelho de hoje, Jesus fala de uma situação diferente – o pecado
coletivo. Três cidades que insistiam em ignorar os princípios de Deus e
seguirem seus “guias cegos”: Corozaim, Betsaida e Cafarnaum se recusaram a
acolher sua pregação e converter-se de seus pecados.
A pregação de Jesus tinha sido suficientemente clara, revelando as
exigências de Deus para aquele povo. E mais, suas palavras haviam sido
confirmadas por meio de numerosos milagres. Portanto, só lhes restava dar
ouvidos às palavras de Jesus, e se converterem.
Ao falar duro, Jesus tentava dar uma sacudida e despertar o povo da sua
incoerência. Citou Sodoma e Gomorra, duas cidades castigadas no Antigo
Testamento, para que eles se tocassem sobre o futuro que teriam pela frente.
Atualizando
NOSSO PECADO PESSOAL NÃO PREJUDICA
SOMENTE A NÓS, MAS ATRAPALHA TAMBÉM A VIDA DOS OUTROS!
“O mistério do pecado se compõe de uma dúplice
ferida, que o pecador abre no seu próprio flanco e na relação com o
próximo”.
Todo pecado é pessoal sob um aspecto; sob
outro aspecto é também social, porque muitos sofrem as consequências.
O pecado, em sentido verdadeiro e
próprio, é sempre um ato da pessoa, porque é um ato de liberdade de alguém,
individualmente, e não propriamente de um grupo ou de uma comunidade, mas a
cada pecado se pode atribuir o caráter de pecado social, tendo em conta o fato
de que cada ato praticado os outros sofrem as consequências.
Alguns pecados constituem, pelo próprio
objeto, uma agressão direta ao próximo. Tais pecados, em particular, se
qualificam como pecados sociais. É igualmente social todo pecado
cometido contra a justiça, quer nas relações de pessoa a pessoa, quer nas da
pessoa com a comunidade, quer, ainda, nas da comunidade com a pessoa.
É social todo pecado contra os direitos
da pessoa humana, a começar pelo direito à vida, incluindo o direito de nascer,
ou contra a integridade física de alguém; todo pecado contra a liberdade de
outrem, especialmente contra a suprema liberdade de crer em Deus e de adorá-lo;
todo o pecado contra a dignidade e a honra do próximo.
Social é todo o pecado contra o bem comum
e contra as suas exigências, em toda a ampla esfera dos direitos e dos deveres
dos cidadãos. Enfim, é social aquele pecado que "diz respeito às relações
entre as várias comunidades humanas. Estas relações nem sempre estão em
sintonia com o desígnio de Deus, que no mundo quer justiça, liberdade e paz
entre os indivíduos, os grupos, os povos”.
Compêndio
da Doutrina Social da Igreja, 117-118
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