20 de Março de 2017
Lucas 2,41-51a
Todos os anos, os pais de Jesus iam a
Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a
festa, como de costume. Terminados os dias da festa, enquanto eles voltavam,
Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem. Pensando que se encontrasse
na caravana, caminharam um dia inteiro. Começaram então a procurá-lo entre os
parentes e conhecidos. Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém,
procurando-o. Depois de três dias, o encontraram no templo, sentado entre os
mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. Todos aqueles que ouviam o menino
ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Quando o viram,
seus pais ficaram comovidos, e sua mãe lhe disse: “Filho, por que agiste assim
conosco? Olha, teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura!” Ele
respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é
de meu Pai?”
Entendendo
A PERIGRINAÇÃO ANUAL DE JESUS E SEUS PAIS
O contexto do evangelho de hoje é uma
peregrinação ao Santuário de Jerusalém. Era costume da família de Jesus todo
ano cumprir sua devoção de peregrino. Jesus tinha apenas 12 anos, era
adolescente, mas sua resposta já mostra a consciência da vida de adulto que lhe
espera: “Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai”. Ele não fala
do pai adotivo, José, mas do ‘Pai Deus’. Portanto, se refere à missão divina
que veio cumprir.
As palavras de Maria são carregadas de
preocupação e ternura: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu
estávamos angustiados, à tua procura!”. A resposta de Jesus provoca um silêncio
em seus pais. Eles caem em si quanto ao “outro lado da vida de Jesus”. Deus vai
revelando ao casal, aos poucos, os fatos que acontecerão.
Atualizando
SOMOS TODOS CARENTES DE UMA FAMÍLIA!
Foi Deus quem nos criou com a necessidade
de ter um pai e uma mãe, e de sentir a carência do carinho dos dois,
principalmente na infância e na adolescência, quando estamos nos formando em
nossa personalidade. Essa formação inicial vai permanecer pra toda vida.
Quando bem amados pelo papai e pela mamãe
e os dois são presentes na formação, os filhos terão a referência boa em toda
sua vida. Quando isso não acontece, eles poderão crescer com carências afetivas
e, a depender dos danos provocados, haver bloqueios e até transtornos de
personalidade que renderão em problemas na fase adulta.
Por isso, devemos valorizar a atuação de
psicólogos, psicanalistas e profissionais de áreas humanas que trabalham para
buscar o equilíbrio de corpo e mente da pessoa humana. Na verdade, não é a
ciência em si, mas Deus utilizando-se da ciência para curar os seus filhos.
Quando o profissional entende que seu trabalho não é apenas profissional, mas,
uma missão, a força é grande na recuperação de seu paciente.
O evangelho de hoje traz como referência
José e Maria preocupados com o desaparecimento de Jesus ainda adolescente. Na
frase pronunciada por Maria: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu
pai e eu estávamos angustiados, à tua procura!”, percebemos o carinho e a
presença dos dois na educação do filho. Maria não diz que ela estava
angustiada, mas, “teu pai e eu”. Ai está uma grande dica para a educação das
famílias: carinho, exemplo e presença dos dois na vida dos filhos.
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