João 8,1-11
Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
[...] Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério.
Colocando-a no meio, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi flagrada
cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu,
que dizes?” [...] Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado,
atire a primeira pedra!” [...].
Entendendo
“ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!”
Montaram uma armadilha para pegar Jesus
em uma contradição da Lei, e acabaram caindo.
O peso da prostituição naquela época era
forte e a resposta de Jesus podia deixá-lo em situação ruim. Jesus, no entanto,
com categoria e frieza, não se sentiu embaraçado. Seus adversários, tão
espertos para flagrar o pecado alheio, não foram capazes de esconder de Jesus
os próprios pecados. Jesus mostra que não é a mulher a grande pecadora, e sim,
os que a acusam.
Claro que a intenção deles era a de
colocar Jesus à prova. Além disso, humilharam e foram impiedosos com a mulher.
Quiseram parecer honestos, quando na verdade estavam na mesma condição dela. A
única coisa boa que fizeram foi colocar a pecadora em contato com o coração
misericordioso de Jesus.
O pedido final de Jesus: “Não peques
mais!” está direcionado não somente à mulher, mas aos seus inimigos.
Atualizando
LUTAR CONTRA O MACHISMO SIM,
DAR O TROCO EQUIPARANDO-SE AO HOMEM NO PECADO, NÃO!
Jesus é firme e decisivo no Evangelho de
hoje: “Atire a primeira pedra quem não tiver pecado”. Desmascara os
“moralistas” impiedosos que se aproveitam da miséria alheia. Por que não
levaram o “adúltero”, mas somente a “adúltera”?
Ao longo do tempo vemos uma traição
masculina bem maior, a ponto de não causar tanto espanto nos dias de hoje
quando um pai de família é infiel. Diferente de um ato provocado por uma
mulher, onde o peso e a difamação pública são grandes.
Em se tratando da vida de família, como
está sendo fácil trair, como está sendo fácil trocar de parceiros em busca de
prazeres sem levar a sério o compromisso assumido e o amor que deveria ser
renovado. Quantas infidelidades acontecem nos motéis até mesmo à luz do dia; quantas
infidelidades acontecem em locais de trabalho no relacionamento entre
colegas...
O tempo passou e pouca coisa mudou em
relação ao machismo. Muitos grupos feministas tentam reagir buscando uma
igualdade de direitos que merecem. Nessa luta, um perigo pode acontecer com a
mulher, quando parte-se para “dar o troco”, agindo com liberalidade,
principalmente na vida conjugal. Lutar pelo direito sim, mas equiparar-se ao
homem na prática pecaminosa não dignifica a história feminina.
Jesus perdoou a mulher adúltera e a
tratou com dignidade, mas, no final Ele pediu que ela deixasse essa vida. A
bondade de Deus é grande, mas Ele quer mudança de vida, mudança de
comportamento.
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