08 de Abril de 2017
João 11,45-56
Muitos judeus que tinham ido à casa de
Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. Alguns, porém, foram contar aos
fariseus o que Jesus tinha feito. Os sumos sacerdotes e os fariseus, então,
reuniram o sinédrio e discutiam: “Que vamos fazer? Este homem faz muitos
sinais. Se deixarmos que ele continue assim, todos vão acreditar nele; os
romanos virão e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. [...] A partir
desse dia, decidiram matar Jesus. [...].
Entendendo
A POPULARIDADE DE JESUS
CRESCIA E INCOMODAVA AS
AUTORIDADES
O jeito de viver diferente que ganhava a
simpatia das pessoas, e o número de seguidores que aumentava, colocavam em risco
a estrutura religiosa da época. O contexto religioso, rígido, demasiadamente
tradicional; o peso da hierarquia e mordomia nos privilégios que geravam
conflito de facções, principalmente quando eles comparavam seus chefes, com a
postura de Jesus. Se por um lado era bom o crescimento de seguidores, por outro
denunciava a postura dos dirigentes, o que deixava Jesus em perigo.
As autoridades religiosas demonstravam
ter uma preocupação política. O movimento de Jesus caía como uma provocação.
Para eles, as consequências seriam trágicas para a nação. Se não “calassem a
boca” desse “tal Jesus”, haveria o perigo de todos acreditarem Nele, dos
romanos virem e destruírem o templo e a nação.
A solução apresentada por Caifás parecia
ser bastante prudente: "É melhor um só homem morrer pelo povo, do que a
nação inteira desaparecer!" A sugestão foi aceita e, a partir daí, a morte
de Jesus foi decretada.
O motivo verdadeiro da condenação à morte
foi de caráter religioso. Isso ficou claro. A verdade é que as lideranças
religiosas já não podiam mais suportar o comportamento do Mestre por ser
religiosamente perigoso.
Atualizando
A PENA DE MORTE SOFRIDA
POR JESUS E A PENA DE MORTE NO BRASIL
Jesus foi condenado à morte por um
julgamento humano injusto. Caifás afirma que é mais fácil um só homem morrer
por todos do que a nação inteira perecer. A partir daí a sentença de morte é
decretada.
Não devemos esquecer que, para nós
cristãos, o fato de não ter “pena de morte” institucionalizada oficialmente no
Brasil traz alegria, pois em alguns estados de um país de referência como os
Estados Unidos, onde a maioria de sua população é cristã, acontece tal
extermínio.
Já existiu pena de morte no Brasil. Ela
foi aplicada para crimes civis pela última vez em 1876, e não é utilizada
oficialmente desde a Proclamação da República,
em 1889.
Historicamente, o Brasil é o segundo país das Américas
a abolir a pena de morte como forma de punição para crimes comuns, precedido
pela Costa Rica,
que aboliu a prática em 1859.
Isso sem
falar no número de pessoas que já nascem com a pena de morte decretada, por
viverem na miséria; por nascer em uma família desestruturada, onde os próprios
pais já os encaminham à marginalidade... E tantas situações onde as pessoas
respiram uma vida vegetativa.
Para um cristão consciente, só Deus tem o
poder de dar e tirar a vida. Para um cristão consciente não existe caso
perdido, ainda que desenganado pela ciência, pela sociedade, pois, “para Deus,
nada é impossível”. Enquanto há vida, o Criador tem poder para transformar a criatura.
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