Últimos Posts

terça-feira, 20 de junho de 2017

17/06 - Mt 5,33-37

17 de Junho de 2017


evandia

Mateus 5,33-37

“Ouvistes também que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas ‘cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Ora, eu vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o apoio dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. Também não jures pela tua cabeça, porque não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. O que passa disso vem do Maligno.



            Entendendo


NÃO JURAR O NOME DE DEUS EM VÃO!

            Pregando e vivendo a verdade e sendo transparente nos gestos, Jesus queria mostrar aos discípulos que aquele que segue seu ensinamento, não precisa de artifícios como o “juramento”, para que a sua palavra tenha crédito. A sua vida deve corresponder à verdade, sem espaço para reforços secundários. A mentira e a corrupção são incompatíveis com o proceder do cristão.

            Jesus tinha outro objetivo ao falar com radicalidade sobre o artifício de jurar: não vulgarizar e banalizar o nome sublime de Deus, ferindo o mandamento de não “usar o nome de Deus em vão”.

            O “sim” do discípulo é “sim” e o “não” é “não”. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem que ser evitado. Num relacionamento verdadeiro não pode haver falsidade. O cristão deve ser coerente com o que diz e o que faz.



Atualizando

“FALAR A VERDADE”
UMA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DE BERÇO!

Ainda quando criança, ouvi muito dos antigos, especialmente meus avós, vindos de formação tradicional e patriarcal: “A palavra do homem é um tiro”. Querendo simbolizar o percurso de uma bala que tem o objetivo de alcançar o alvo sem desvios. Para os antigos de formação rigorosa, uma palavra pronunciada por um homem de bem merecia crédito.

Lembrei-me agora dos provérbios da Bíblia! São dizeres populares que mostram o proceder de um povo. Os provérbios eram frases recitadas, especialmente pelos idosos, pessoas que tinham experiência de vida, aliada a fé em Deus. Vale salientar que esse aprendizado era passado de pais para filhos.

Ainda me servindo de provérbios populares, existe um, bem conhecido: “Casa de pai, escola de filhos”. Pois é! A família foi nomeada por Deus para servir de referência aos filhos que ele mandaria para compor a história da humanidade. A educação de berço, dada pela família, permanece para a vida toda, pois é feita no momento da formação da personalidade da pessoa, trançando assim, o seu caráter.

Para uma criança que aprende desde cedo que a mentira é coisa feia e ela vê o papai e a mamãe serem autênticos e falarem para ela a verdade, tal experiência está sendo formativa. O aprendizado que leva o filho a sentir orgulho dos pais e querer segui-los, não é tanto o que eles falam, mas a maneira que eles vivem. E isso tem que começar cedo.

Para uma família que usa o artifício de enganar a criança para convencê-la a desistir de um querer que não é bom para ela, a criança irá perceber que foi enganada e vai aprender a fazer o mesmo. Uma simples desculpa em um telefonema que a mamãe não quer atender, e o pai diz que ela não está, vai fazer com que a criança perceba que a mentira é normal... “Papai e mamãe mentem!”

Falar a verdade, não enganar, ser autêntico, não falsear informações não é uma qualidade, é um dever do cristão. Vale para a nossa vida pessoal, familiar e para a vida pública. O ato de mentir não pode ser considerado um gesto de uma pessoa esperta, um pequeno truque, uma "tática" para ganhar uma discussão. 


Mentir é um mal, é um desvio... Pode ser, também, uma atitude covarde de alguém que ainda não teve coragem de assumir a autenticidade da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário