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quinta-feira, 31 de julho de 2014

31/07 - Mt 13,47-53

31 de Julho de 2014

evandia

Mateus 13,47-53

“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. “Entendestes tudo isso?” – “Sim”, responderam eles. Então ele acrescentou: “Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

Entendendo

JESUS COMPARA O REINO DOS CÉUS
A UMA REDE QUE PEGA PEIXES BONS E MAUS!

Jesus continuou contando histórias de situações ligadas à pesca, realidade que aqueles homens viviam. Muitos deles eram pescadores, e assim ficava fácil entender o conteúdo da mensagem.

O objetivo é clarear tudo sobre o “projeto” que Ele veio implantar, que recebeu o nome de “Reino dos Céus”, ou ainda, “Reino de Deus”.

Jesus mostra que, assim como encontramos no mar diferentes espécies de peixes, do mesmo modo encontramos vários tipos de pessoas. Há pessoas boas e más, honestas e desonestas e, muitas vezes, há a falsa ilusão de que os maus sempre levam vantagens.

Mas Ele lembra que Deus é um Deus de justiça e que é o único juiz digno de confiança. A justiça humana pode falhar (e falha muitas vezes), mas a justiça de Deus não falha, mesmo que demore e tenhamos que esperar.

Atualizando

“DE INÍCIO, LEANDRO E LONARDO,
UM PAGODE... A COISA FOI, FOI... FUI PARAR NAS DROGAS!”

Vivemos numa sociedade onde existem “peixes bons e maus”, servindo-me da parábola de hoje. É preciso saber jogar fora o peixe podre. O escritor brasileiro Luiz Fernando Veríssimo, de forma divertida e crítica, mostra o perigo em ser influenciado ao uso das drogas, fazendo uma ligação com o nível de alguns estilos musicais do Brasil.

“Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele.

Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural", “da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de "amigo" e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais.

Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um CD do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!

Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais... Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.

Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível! Eu já não pensava mais! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido.

Quando saia à noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado, alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

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