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quinta-feira, 25 de maio de 2017

25/05 - São Gregório VII

25 de Maio de 2017

São Gregório VII

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"Amei a justiça, odiei a iniquidade e, por isso, morro no exílio"

Hildebrando nasceu em 1020, em Toscana, na Itália. Pertencia a uma família simples e pobre. Desde criança sentia-se atraído para a vida religiosa, e acabou entrando no mosteiro de Cluny, onde se tornou monge beneditino.

Estudou em Laterano e foi consagrado bispo, passando a ser o auxiliar direto dos Papas Leão IX e Alexandre II.  Era um bispo respeitado e, por isso, quando o Papa Alexandre II faleceu, Hildebrando foi eleito Papa. Assumiu o nome de Gregório VII e seu pontificado foi marcado pela reforma da Igreja, conhecida como “gregoriana”.

Naquela época, em 1073, havia muita interferência política de príncipes e reis dentro da Igreja, eles escolhiam pessoas de seus interesses para nomear como bispos, padres e abades.  Por causa disso, pessoas despreparadas e indignas ocuparam cargos, gerando muita incompetência, escândalos morais e até esbanjamento dos bens da Igreja.

O Papa Gregório VII lutou de forma enérgica contra tudo isso, contando com o apoio de Pedro Damião, que também foi nomeado santo e doutor da Igreja. Claro que o imperador Henrique IV, não gostou das reformas que o Papa fazia e começou a persegui-lo.

De forma corajosa, Gregório VII excomungou o imperador. E, por causa da pressão do povo, Henrique IV teve que se humilhar e pedir perdão ao Papa em 1077, onde foi anulada a excomunhão. Esse fato ficou conhecido como “o episódio de Canossa”.

Na verdade, tudo isso era uma jogada política do imperador, pois pouco tempo depois, o mesmo nomeou Clemente III como Papa. Mesmo assim, o papa Gregório VII continuou firme com as reformas. Até que o imperador mandou exilar Gregório em Salerno, onde acabou morrendo no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos de idade.


Gregório passou para a história como “o Papa da independência da Igreja”, pois se posicionava contra a interferência dos poderosos políticos. Sua última frase, à beira da morte, sem dúvida retrata a síntese de sua existência: "Amei a justiça, odiei a iniquidade e, por isso, morro no exílio". Foi canonizado em 1606, pelo Papa Paulo V.

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