29 de Outubro de 2013
Naquele tempo, Jesus dizia ainda: “A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta, e que cresceu até se fazer uma grande planta e as aves do céu vieram fazer ninhos nos seus ramos”. Disse ainda: “A que direi que é semelhante o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada”.
O PEQUENO GRÃO DE MOSTARDA
SIMBOLIZA OS QUE DEPOSITAM SUA CONFIANÇA EM DEUS
Jesus conta duas pequenas parábolas para os discípulos e fala da experiência que eles iriam passar quando começassem a desenvolver as atividades que Ele ordenava. Nas duas, o contraste entre o início meio fraco e humilde, e o resultado final, trazendo a alegria de ter um crescimento surpreendente era percebido.
A semente de mostarda era símbolo de algo pequeno e insignificante. Jesus mostra que esse grão minúsculo, lançado na terra, germina e se torna grande. A mesma coisa acontece com o fermento ao ser colocado na farinha, além de produzir crescimento, será capaz de produzir o pão.
Coisa semelhante acontece com o Reino de Deus. Seu projeto iniciado com um pequeno grupo de pessoas sem projeção social, tidas como estranhas para os esquemas religiosos da época, e sem muitas perspectivas, era como o grão de mostarda e o fermento. Pequenos e frágeis, mas destinados a um fim grandioso. Por trás deste resultado está o “dedo de Deus”. Ele é quem capacitaria esse grupo inexpressivo para crescer e espalhar o bem na terra.
TODO CASO DE AMOR TEM SEMPRE UM
GRANDE E UM PEQUENO
Vou me servir do texto da escritora e roteirista brasileira, Adriana Falcão, fazendo adaptações, para atualizar o Evangelho de hoje, sobre o grão de mostrada e o fermento na massa. As constatações entre o ‘grande’ e o ‘pequeno’ servem de questionamentos para perceber que vale a pena cada pessoa acreditar que é capaz de crescer, e não se alimentar de vaidades que distorcem o lado cristão da vida.
O pequeno ama, o grande se deixa amar. O grande fala, o pequeno ouve. O grande discorda, o pequeno concorda. O pequeno teme, o grande ameaça. O grande se atrasa, o pequeno se antecipa. O grande pede e, ou nem precisa pedir, e o pequeno já está fazendo.
Não é uma questão de gênero, existem homens grandes e homens pequenos, mulheres grandes e mulheres pequenas. O temperamento, as circunstâncias influem, mas não determinam. O grande pode ser o mais bem sucedido dos dois ou não. O pequeno pode ser o mais sensível, porém, nem sempre é assim. Muitas vezes o grande é o mais esperto, mas existem pequenos espertíssimos. Depende do caso.
Não é só nas histórias de amor que existem grandes e pequenos. Havendo mais de um, um par qualquer, dois adversários, dois irmãos, dois amigos, sempre haverá o que quer mais e o que quer menos, o fascinante e o fascinado, o generoso e o pedinte.
Mas, como tudo pode acontecer, geralmente à noite, imprevisivelmente o grande pode ficar pequeno, e o pequeno ficar grande de repente.
Quando isso acontece é comum o pequeno ficar maior ainda, o que torna o grande ainda menor. O ex-pequeno, logo que é promovido a grande, pode se vingar do ex-grande, se seu sofrimento tiver boa memória. Aí, coitado do novo pequeno, vai se arrepender de cada não beijo, cada não telefonema, cada não caridade, cada não desespero, cada não entusiasmo, cada não carinho inesperado, indispensável, inevitável, imprevisível...
Ele vai se surpreender com a reviravolta no começo, mas vai se conformar com sua posição de pequeno em seguida. E então, vai seguir cuidadoso e desastrado, na quase inútil intenção de conquistar o grande urgentemente, agora, de forma mais madura, humilde e consciente.
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