9 de Novembro de 2013
Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: “Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes”. Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me consome (Sl 68,10). Perguntaram-lhe os judeus: “Que sinal nos apresentas tu, para procederes deste modo?” 19 Respondeu-lhes Jesus: “Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias”. Os judeus replicaram: “Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?” Mas ele falava do templo do seu corpo. Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na palavra de Jesus.
JESUS EXPULSA OS COMERCIANTES DO TEMPLO
O Santuário de Jerusalém era o lugar sagrado onde todos os judeus de fé, pelo menos uma vez ao ano, peregrinavam. Era costume da Família Sagrada (José, Maria e Jesus) peregrinar a esse Templo (Lc 2,41-52).
Na primeira viagem que Jesus faz a Jerusalém, após assumir sua missão pública, Ele fica espantado com o que fizeram da “casa de Deus”, um lugar de comércio e exploração do povo piedoso. Aliás, a situação não era nova, pois o profeta Jeremias, muito tempo antes, já havia feito essa denúncia (Jr 7,11).
O culto, com o acesso de multidões de peregrinos durante o ano, era fonte de riqueza para o comércio em Jerusalém e, principalmente para as autoridades religiosas. Lá eram oferecidos grandes valores como dízimos, ofertas, e sacrifícios dos fiéis. Jesus mostrou que a boa fé do povo estava sendo explorada e desviada para outros fins.
Ele, então, mostra que a presença de Deus a partir daquele momento não estava mais no templo de pedra, mas que o seu próprio Corpo era Templo vivo do Espírito Santo. Jesus transforma, dá outro sentido ao templo.
QUANDO A FÉ SE TORNA UM NEGÓCIO LUCRATIVO
Leia com atenção o depoimento abaixo coletado na internet. Em seguida, expresso minha posição.
Tem sido interessante ver a briga entre Edir Macedo e Valdemiro Santiago, ditos apóstolo e bispo de igrejas evangélicas de ramo pentecostal. Onde vai parar? Quem sabe?
O que se sabe é que ambos estão milionários e cada vez mais ricos, como tantos outros que ao longo dos anos têm engordado não só o gado, como o rebanho todo. Já escrevi isto outras vezes e cada vez se torna mais evidente que hoje, alguns homens entram no ministério para enriquecerem, em detrimento às práticas do passado, onde muitos se tornaram ministros por amor ao Evangelho e às almas. Entraram pobres e saíram pobres.
Hoje, qualquer destes se tornam milionários em poucos anos e a evidência disto são os sinais exteriores de riqueza, ou seja, cada vez têm mais coisas, principalmente dinheiro nas suas contas bancárias. Suas igrejas, ou melhor, os seus negócios, são geridos com mão de ferro e a arrecadação é o alvo principal desta gente toda.
Outro dia mesmo, o Silas Malafaia estava furioso porque o Valdemiro Santiago fez uma oferta melhor e levou embora o seu precioso – e caro – horário televisivo e restou a ele esbravejar contra o apóstolo. Os motivos dele? Certamente não eram vidas ou as almas. Diz-se popularmente que se mexermos no bolso de um homem ele fica furioso. Pela reação do dito cujo dá para ver que o ponto mais sensível do corpo dele foi atingido em cheio. Porém, o mais interessante é ver que há poucos meses atrás o próprio Malafaia falou grosso e fez bravatas na TV defendendo o Santiago que segundo ele estava sendo vítima das autoridades. Só não contava que fosse passado para trás do modo como foi.
Aliás, estes ricos empresários estão preocupados mesmo é em amealhar cada vez mais dinheiro. Só isto os interessa. Fico imaginando o dia em que as autoridades resolverem abrir as caixas pretas destes ‘ministérios’. Vão encontrar coisas do arco da velha…
A ênfase desta turma é a prosperidade. E os aviões? E os carrões blindados? E o modo de viver cada vez mais opulento e milionário? Qual é a riqueza ou progresso que desenvolvem? Bem, alguns poderão dizer que há vidas restauradas e que foram livradas de todo tipo de coisas nocivas. Pode até ser verdade, mas quantas estão sendo enganadas e espoliadas vergonhosamente?
Claro que nem Macedo, nem Santiago e tampouco o Malafaia são os únicos, mas devem ser os que mais estão em evidência. Eles são a melhor representação de que a fé, para alguns, está se tornando um grande e milionário negócio…
Fonte: jehozadakpereira.com
Nenhuma Igreja ou denominação religiosa está imune dessa prática, inclusive a nossa, a Católica. Isso acontece quando nos distanciamos do objetivo maior que é anunciar Jesus Cristo; então, enfraquecemos a nossa espiritualidade e damos margem às tentações do “ter”. Jesus classificou de “mercenário” aquele que se serve do nome sagrado de Deus para lograr a boa fé do seu povo.
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