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domingo, 10 de novembro de 2013

10/11 - Lc 20,2-38

10 de Novembro de 2013

evandia

pLucas 20,2-38

pNaquele tempo, alguns saduceus - que negam a ressurreição - aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: "Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se alguém morrer e deixar mulher, mas não deixar filhos, case-se com ela o irmão dele, e dê descendência a seu irmão. Ora, havia sete irmãos, o primeiro dos quais tomou uma mulher, mas morreu sem filhos. Casou-se com ela o segundo, mas também ele morreu sem filhos. Casou-se depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete, que morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, de qual deles será a mulher? Porque os sete a tiveram por mulher". Jesus respondeu: "Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido. Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são ressuscitados. Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó . Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele".

 

pEntendendo

DEUS É DEUS DOS VIVOS

pOs saduceus e fariseus eram dois grupos opostos na fé. Os saduceus não acreditavam na ressurreição, e ao questionar Jesus, eles tinham a intenção de ridicularizar os fariseus, na fé que eles espalhavam para o povo. Os saduceus queriam também conhecer a posição de Jesus, para saber de que lado se posicionava.

pO fato colocado por eles é meio ridículo – uma mulher que passou por sete maridos. Isso porque eles tinham uma visão errada da vida após a morte, que era:

  • Que todas as pessoas iriam para o mesmo destino eterno.

  • Que a morte superaria a vida, pois é para o sheol, lugar de trevas e sombra que seguiam todas as pessoas.

  • Que Deus não tinha o poder de interferir no destino eterno das pessoas.

pJesus responde, estabelecendo a distinção entre "este mundo" e o "outro mundo", e desfazendo o mal entendido a respeito da vida eterna. Jesus fala de Deus como o Deus dos vivos, que dá garantia de vida eterna àqueles que n’Ele creem.

 

pAtualizando

O QUE A IGREJA DIZ SOBRE A VIDA APÓS A MORTE?

pPara este assunto tão importante e que interessa a todos, vou me servir de uma bela síntese elaborada pelo professor Filipe Aquino, tomando por base os Documentos Oficiais da Igreja.

p“A maior esperança cristã é esta: a vida não termina na morte, mas continua no além. E muitos perguntam “o que virá depois?”. Somente a fé católica tem resposta clara para esta questão. A Carta aos hebreus diz que “está determinado que os homens morram uma só vez e em seguida vem o juízo” (Hb 9,2). Para nós católicos, isso liquida de vez com a mentira da reencarnação, que engana tantas pessoas, e as deixa despreparadas diante da morte, acreditando neste erro, e com uma falsa ideia de salvação.

pSão Paulo ensinava aos cristãos de Corinto, muito influenciados pela mitologia grega que dominava a região, que “ao se desfazer esta tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna,  no céu” (2Cor 5,10). Mas, Paulo não deixou de dizer que “teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali, cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo” (2Cor 5,10).

pA Igreja nos ensina que logo após a morte vem o Juízo particular da pessoa. Diante da justiça perfeita de Deus, seremos julgados. Mas é preciso lembrar que o Juiz é o mesmo que chegou até o lenho da Cruz para que ninguém fosse condenado, e tivesse à sua disposição, através dos Sacramentos da Igreja, o perdão e a salvação que custaram a Sua Vida.

pAfirma o nosso indispensável Catecismo que: “Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre” (§ 1022).

pIsto mostra que imediatamente após a morte a nossa alma já terá o seu destino eterno definido: o céu, mesmo que se tenha de viver o estado de purificação antes (purgatório), ou o inferno.

pSobre o purgatório a Igreja no Catecismo afirma:  “A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados”(§1031). As almas do Purgatório já estão salvas, apenas completam a sua purificação para poderem entrar na comunhão perfeita com Deus. Diz a Carta aos hebreus que “sem a santidade, ninguém pode ver o Senhor” (cf. Hb 12,14).

pMais do que um estado de sofrimento, o Purgatório é, ensina São Francisco de Sales, doutor da Igreja, um estado de esperança, amor, confiança em Deus, e paz, embora a alma sofra para se santificar”.

pPara os que rejeitaram Deus e a sua graça, isto é, deixaram seu coração endurecer, o destino será a vida eterna longe d’Ele, para sempre, junto àqueles que também O rejeitaram. Jesus diz que ali haverá “choro e ranger de dentes”.

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