25 de Novembro de 2013
Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que colocavam as suas ofertas no cofre do templo. Viu também uma viúva pobrezinha que doava duas pequeninas moedas, e disse: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros. Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, ofereceu da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
“O POUCO COM DEUS
É MUITO, E O MUITO SEM DEUS É NADA.”
Jesus não se enganava com as aparências. Além de ter a sabedoria divina, Ele, como humano, era profundo observador. Seu olhar penetrava no íntimo das pessoas.
Jesus não se enganava com os Mestres da Lei, mesmo eles sendo admirados pelo povo por causa do seu saber e domínio das leis e oratória. Eram vaidosos, sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Abusavam da boa fé das pessoas e logravam as viúvas.
As altas quantias que os ricos depositavam no cofre do santuário, também não enganavam a Jesus. Boa parte fazia isso para ser vista e louvada pelos presentes. A quantia era valiosa, mas não tinha valor para Deus, e Jesus percebia suas intenções.
O Mestre mostra que as moedinhas oferecidas pela pobre viúva era um gesto que agradava a Deus, pois vinha marcado de simplicidade e sinceridade de coração. Por isso, seu pouco, tornou-se muito aos olhos de Jesus.
A VIÚVA DA SACRISTIA
NA PARÓQUIA SENHOR DOS PASSOS!
Nestes 20 anos de padre, muitos foram os gestos de pessoas bondosas que observei. Lembro-me que quando trabalhava na Paróquia Senhor dos Passos, em Feira de Santana, vivenciei um exemplo que se encaixa bem no Evangelho de hoje sobre a viúva pobre.
Uma senhora pobre de aproximadamente 80 anos, a cada vez que recebia a aposentadoria, vinha até a sacristia, após a missa, abria minha mão discretamente, e colocava 20 reais, embrulhados num papelzinho machucado.
Na primeira vez fiquei constrangido por ver que se tratava de uma senhora pobre, e que essa quantia podia lhe fazer falta enquanto eu estava bem servido pela paróquia. Disse então para ela: ‘Não precisa, a senhora deu sua oferta na missa. Estou satisfeito e bem recebido’. Mas ela insistia e dizia que aquela quantia que me oferecia não tinha nada a ver com a oferta da Igreja, e que era para minhas necessidades pessoais.
Diante da firmeza daquela senhora, resolvi aceitar e acatar como um sinal de Deus para minha conversão, sobretudo no exercício da caridade com os mais necessitados.
Fiquei quatro anos naquela bela paróquia e, enquanto lá estive a senhora foi fiel ao seu presente. Percebi nela o testemunho do desapego dos humildes no exercício do amor ao próximo. Seu exemplo confirma a observação de Jesus ao exaltar a esmola da viúva pobre no Evangelho de hoje.
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