JESUS CORRIA PRA PERTO DOS “PERIGOSOS”,
NÓS QUEREMOS É DISTÂNCIA!
É interessante perceber a concepção de Jesus e a nossa nos dias de hoje, principalmente por vivermos numa sociedade violenta onde tudo assusta, tudo provoca medo... Irmãos com medo dos próprios irmãos.
Olhando a maneira de Jesus atuar em sociedade, ele age na contramão da concepção da sua época, e também da nossa. A começar pelo convite inicial para fazer parte do primeiro grupo de discípulos (apóstolos), eram pessoas insignificantes do ponto de vista social. Analfabetos, pescadores, agricultores, gente vinda da Galileia, região discriminada na época. Para completar, chama Levi, mal visto, homem de má reputação, por ser cobrador de impostos.
Jesus aceitava convites para almoçar na casa dessa gente, incluindo aqui alguns adversários, como os escribas e fariseus. Para nas praças públicas, conversa e dá atenção às mulheres, coisa que judeu tradicional não faz. Para completar, aceita o carinho respeitoso de uma mulher considerada adúltera, e a deixa lavar e perfumar seus pés.
Anda pelos campos, cidades e povoados sem precisar de seguranças e guarnição oficial. Não tem medo de ser contagiado por doenças infecciosas como a lepra, ao contrário, aproxima-se dos leprosos, toca seus corpos e os recupera...
Trazendo para nossa realidade, acredito que fazemos um percurso contrário à geografia de Jesus. Enquanto Ele se aproximava dessas pessoas, acreditando que a luz que estava Dentro dele era capaz de iluminar e trazer uma nova vida para elas, nós temos medo e nos distanciamos.
Claro que não devemos ser ingênuos e irmos de “peito aberto” em qualquer situação, mas, podemos questionar o nosso medo em excesso. Diante de alguns casos poderíamos ajudar determinadas pessoas, mas sentimos medo.
Temos medo do “flanelinha” que está na sinaleira; temos medo de alguém que não tem boa aparência; temos medo do morador de rua; temos medo do usuário ou traficante de droga, temos medo da sombra, temos medo de nós próprios!
Uma pergunta: É medo mesmo? É prudência? É comodismo ou falta de fé na LUZ que está dentro de nós?
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