22 de Janeiro de 2014
Jesus entrou na sinagoga, e lá estava um homem com a mão seca. Eles observavam se o curaria num dia de sábado, a fim de acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te! Vem para o meio!” E perguntou-lhes: “Em dia de sábado, o que é permitido: fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou matar?” Eles ficaram calados. Passando sobre eles um olhar irado, e entristecido pela dureza de seus corações, disse ao homem: “Estende a mão!” Ele estendeu a mão, que ficou curada. Saindo daí, imediatamente os fariseus, com os herodianos, tomaram a decisão de eliminar Jesus.
O LADO DIVINO DE JESUS O LEVA A
REALIZAR UM TRABALHO SOCIAL NA CURA DE DOENTES
O sábado era o Dia dos dias para o judeu piedoso. Os rabinos (mestres que interpretavam a Lei antiga) eram tão rigorosos que exigiam do povo que nenhum esforço fosse feito naquele dia.
Jesus batia de frente com essa forte tradição, não por querer ser diferente, mas porque via que ela prejudicava a vida das pessoas. Quando se tratava de recuperar a saúde de alguém, Ele passava por cima de todas as convenções religiosas. A pressão sofrida por parte dos fariseus (que certamente O consideravam subversivo) não intimidava Jesus. Ele não curava às escondidas, nem se preocupava em saber se estava agradando ou não a seus críticos.
No episódio de hoje um homem foi curado no meio da sinagoga repleta, num dia de sábado. Era inadmissível para Jesus vê-lo com sua deficiência física e se omitir. Embora atraísse o ódio de muitos sobre si, escolheu o caminho da fidelidade ao Pai, restituindo ao homem a recuperação de sua mão.
O TRABALHO SOCIAL DA IGREJA E DOS CRISTÃOS
A missão primeira da Igreja e dos cristãos é a de “evangelizar”. É a de anunciar Jesus como Salvador. No entanto, a fé que move os cristãos nesta tarefa de levar Jesus a outras pessoas, não está solta no ar, desligada da vida.
Jesus é a referência de que a fé está ligada ao trabalho, à caridade, às obras. Ele falava de Deus, mas trabalhava; curava as pessoas, recuperando-as para viver em sociedade; multiplicava pão para matar a fome das pessoas...
Existem trabalhos sociais emergenciais que a Igreja deve fazer, como por exemplo, acolher e abrigar os desabrigados das enchentes e emergências sociais, encabeçar campanhas de ajuda aos carentes, cestas básicas...
No entanto, não devemos estar satisfeitos apenas com o trabalho de caridade ou filantropia. Ele é necessário, mas não faz a transformação radical da sociedade, pois atinge a “consequência”, mas não atinge à “causa”. É como se fosse um analgésico que tira a dor de cabeça e mal estar provocados pela gripe, mas não mata o vírus.
Muitas pastorais sociais da Igreja buscam exercer o papel transformador da sociedade, como por exemplo: Pastoral da Criança, Pastoral da Juventude, Pastoral da Terra, Pastoral da Mulher Marginalizada, Pastoral da Pessoa Idosa... Elas refletem a Palavra de Deus, fazendo ligação com os seus direitos como cidadãos e filhos de Deus.
Além das ações encabeçadas pela Instituição Igreja, muitos cristãos exercem papéis importantes no meio onde vivem ou trabalham. É o caso de empresários que, em suas empresas, tratam seus funcionários com dignidade, cumprindo os direitos trabalhistas e agindo de forma respeitosa em relação aos outros.
Não precisa ser empresário para desenvolver ações sociais em benefício do bem comum. O sapateiro pode consertar um calçado de uma pessoa mais pobre sem cobrar, ou oferecendo um desconto generoso; o pintor pode reunir um grupo de colegas para fazer um mutirão e pintar o barraco de uma família pobre; o eletricista pode tirar um tempinho para melhorar a instalação elétrica de uma casa que corre perigo com “gatos”; o encanador pode se oferecer para consertar um vazamento...
Outra forma de, como cristão, dar a sua contribuição social é participando de entidades de classe, como sindicatos, associações de moradores, grupos de mães, entidades culturais, partidos políticos... Saliento apenas que, para participar com cristão é preciso dar testemunho e não ceder aos conchavos e filosofias de instituições corrompidas. Tal postura não ajudaria em nada na transformação social.
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