09 de Junho de 2014
Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e ele começou a ensinar: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros no coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram
O RECONHECIMENTO DE
DEUS AOS QUE VIVEM HONESTAMENTE
O conhecido “sermão da montanha”, ou discurso das “bem-aventuranças” traz uma grande promessa de Deus, anunciada por Jesus Cristo: o reconhecimento a todas as pessoas que vivem honestamente, que buscam cumprir sua missão e que são criticadas, incompreendidas e até perseguidas.
Em outras palavras, Jesus quis afirmar que se o mundo não os reconhecer, Deus reconhecerá. Esse garantia final de Deus tem um nome: “Santidade”!
A santidade é uma meta a ser atingida por todos os cristãos que “passam por aqui”. Viver a santidade ainda em vida humana é ser capaz de colocar-se totalmente nas mãos do Pai, contar com Ele. A consequência natural dessa entrega é o desejo de servir ao semelhante, como resposta aos benefícios recebidos do Pai.
Chegando a esse estágio de entrega é necessário deixar de lado o apego demasiado às coisas, e o excesso de vaidades que são incompatíveis com o projeto de Deus.
A partir dai tudo deve ser construído nas situações mais simples. A pessoa é chamada a ser bondosa, a não agir com “segundas intenções” ou fingimento, a superar o ódio e a violência, a cultivar o hábito da partilha fraterna, a ser defensor da justiça... É uma meta que tem de ser renovada e revisada todo dia.
OS SANTOS DE CALÇA JEANS!
Temos uma visão rigorosa quanto à santidade, muitas vezes ligada à história antiga dos mártires e heróis que nos antecederam na fé. Diante disso associamos o “ser santo” à perfeição completa na vida humana (coisa impossível) ou ao sofrimento. Com isso, esta meta fica distante de nós.
É preciso tirar da cabeça a ideia de que santos são somente aqueles que foram canonizados pela Igreja e estão nos altares. Não, aqueles foram os que sobressaíram em virtudes, com a missão de serem referencias para a humanidade. Quantos das nossas famílias morreram e já são santos? Com certeza são muitos!
Até agora falei dos santos que já cumpriram a sua missão entre nós e estão em estado de graça. Mas é necessário reconhecer que, mesmo sem passar pela morte física, já vivemos nosso lado santo. Neste sentido, somos santos, mas também pecadores.
Santificar-se é descobrir que o projeto de santidade ocorre com a ajuda do Espírito Santo, que está dentro de nós fazendo a acontecer a vida, diariamente.
Neste sentido, muitos santos estão espalhados por ai, de calça jeans, mandando mensagens e evangelizando através da internet, tocando bateria, compondo canções, levantando cedo para trabalhar, enfrentando filas, levando filhos na escola, doando seu tempo como voluntário de uma instituição de caridade, tirando um tempinho para conversar com uma pessoa solitária ou deprimida...
A santidade acontece nas ações da vida de cada dia, nos gestos de amor. Se você faz tudo buscando o bem, não tem a intenção de pecar, ainda que o pecado aconteça, você está em um momento de graça, de santidade. Cabe administrá-lo, sendo vigia de si mesmo e dos seus impulsos geniosos que desvirtuam da grande meta.
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