6
de Outubro de 2014
São Bruno
“Fundou
a Ordem dos Cartuxos, a mais rígida de todas
as
Ordens da Igreja”
Bruno era um nobre e rico fidalgo alemão,
que nasceu e cresceu na bela cidade de Colônia. Sua família era
conhecida pela piedade e fervorosa devoção cristã. Cedo, aquele
jovem elegante resolveu abandonar a vida de vaidades e prazeres que
considerava inútil, sem sentido e improdutiva. Como era
propício à nobreza, foi estudar na França e Itália. No primeiro
país concluiu os estudos na escola da diocese de Reims, onde também
se ordenou e posteriormente lecionou teologia. Foi professor de um
futuro papa.
Após
curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se para uma região
chamada Cartuxa, e com a aprovação e bênção de São Hugo, bispo
de Grenoble, encontrou o lugar que precisava. Isto se deu graças a
um sonho que São Hugo teve. Neste sonho, apareciam-lhe sete estrelas
que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e
desaparecerem no deserto montanhoso.
Após
este sonho, o bispo recebeu a visita de Bruno que estava acompanhado
por seis companheiros monges. Ao ver os sete varões, o bispo Hugo
reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e
concedeu-lhes as terras, Bruno iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa
com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus.
Com os
companheiros monges observa absoluto silêncio, a fim do
aprofundamento na oração, meditação das coisas divinas, ofícios
litúrgicos comunitários, trabalhos agrícolas, obediência aos
superiores e transcrição de manuscritos e livros piedosos.
O papa Urbano II foi seu ex-aluno, e em
1090, chamou Bruno para ser seu conselheiro. Ele,
devendo-lhe obediência, abandonou aquele lugar onde vivia e que
amava profundamente. Porém, não resistiu muito em Roma, logo obteve
aprovação do papa para construir seu mosteiro em Grenoble. Obteve
também, autorização para fundar outra casa da Ordem dos Cartuxos,
na Calábria, num local chamado Bosque de La Torre, hoje chamado
Serra de São Bruno, província de Vito Valentia.
Viveu assim recolhido até que adoeceu
gravemente. Bruno faleceu com setenta e um anos de vida em 6 de
outubro de 1101. Gozando da fama de santidade, seu culto se espalhou
rapidamente. Em 1515, o seu corpo enterrado no cemitério do Convento
de La Torre foi exumado, e encontrado completamente intacto, após
414 anos de sua morte. Em 1623, o papa Gregório XV declarou Bruno,
santo da Igreja.
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