Últimos Posts

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A “FÉ CEGA” PODE LEVAR AO FANATISMO!

A “FÉ CEGA” PODE LEVAR AO FANATISMO!


Existe uma frase conhecida que diz assim: “Não amamos o que não conhecemos”. É verdade. Quando aplicamos esta afirmação em relação à fé, descobrimos que, quanto mais a pessoa procura conhecer os princípios que nos levam a crer nas coisas de Deus, mais “espertos” ficamos, e ai fica difícil ser enganado facilmente ou nos jogarmos apenas aos sentimentos fanáticos.

Muitas vezes classificamos Maria como a mulher do silêncio, mas não apenas um silêncio revelador, mas um silêncio passivo, como se ela fosse uma coitadinha, uma jovenzinha nascida nas montanhas que disse “sim” de forma ingênua a Deus. Engana-se quem pensa desta maneira. Ao receber a proposta do anjo, Maria parou, refletiu, sentiu medo, reagiu questionando... “Como é que vai acontecer isto, se eu não conheço homem...” Somente depois dos argumentos convincentes do anjo e da prova apresentada, citando sua prima Isabel foi que Maria se convenceu e se entregou aos braços de Deus.

Vivemos hoje, na realidade brasileira, um verdadeiro bombardeio diário na mídia. É forte a “propaganda” e oferta de milagres, utilizando-se do nome sagrado de Deus para fins comerciais. Homens travestidos de religiosos iludem e se aproveitam do desespero e da ignorância das pessoas mais simples, que buscam aliviar seu sofrimento.

Escutando recentemente dois programas na televisão, de duas denominações religiosas conhecidas no Brasil, altas horas da madrugada, fiquei estarrecido ao ver duas ofertas diferentes.

A primeira, dizia o pastor, que os pedaços de carvão que estavam envelopados, eram da “Fogueira Santa de Israel”. Os “fiéis” deveriam pegar, deixar sua contribuição para a igreja e colocar o carvão, de forma escondida, na entrada e saída da casa, como proteção contra o “mau olhado” e todo tipo de “influências negativas”.

Em outro programa, vários vidros de água foram mostrados, e o pastor dizia que era água do rio Jordão onde Jesus fora batizado. Aquela água, passada no corpo, afirmava ele, curaria de toda e qualquer enfermidade. Ao pegar o “frasquinho” a pessoa devia deixar determinada quantia, e ele afirmava que “não fechasse a mão para Deus”.

A que ponto chegamos! Quando alguém é lesado em uma compra ou por uma propaganda enganosa no mundo civil, já existem as punições à base da lei. No entanto, diariamente, propagandas enganosas são utilizadas no “universo religioso” com finalidades comerciais, o povo continua sendo enganado e providencias ainda não foram tomadas.


Pe. Rosivaldo Motta, CSsR

Nenhum comentário:

Postar um comentário