NÃO FUJA DOS DESAFIOS E, SE
TIVER QUE SOFRER, DÊ SENTIDO AO SEU SOFRIMENTO!
Os problemas surgem em nossa vida, independente de querermos ou não. Superar as adversidades é um dos maiores obstáculos que enfrentamos. Os problemas, sejam eles, grandes ou pequenos vão nos acompanhar durante toda nossa vida.
Ricos ou pobres, inteligentes ou limitados, animados ou tristes, independente do estado de vida que nos encontramos, inesperadamente somos confrontados com problemas, lutas, desafios, dificuldades. É como se fossemos postos à prova, diante de situações catastróficas e angustiantes.
Podemos classificar as dificuldades em três dimensões. As naturais por sermos humanos, o tempo passa e nosso corpo vai se desgastando, as doenças e limitações do corpo vão acontecendo e experimentamos até o sofrimento.
A segunda dimensão é a provocada pelos outros, nas relações sociais: desentendimentos, lutas pelo nosso espaço, injustiças e que exigem de nós uma tomada de posição. A última dimensão é aquela que surge pela nossa opção de vida, por sermos de Deus. O fato de sermos fiéis aos ensinamentos cristãos, nos levam a encontrar reações da sociedade que vão exigir de nós uma postura coerente e tomada de posição.
Sofrer por sofrer não vale à pena, afinal, não somos masoquistas. Para aceitar e encarar os desafios e até o sofrimento é necessário que eles tenham sentido, e visem a conquista de um bem maior.
Se tenho uma deficiência em uma parte do meu corpo que me provoca tristeza e dor, e eu não tenho como resolver é preciso aprender a conviver com tal situação, colocar esse meu sofrimento junto à cruz de Cristo, alegrar-me com as partes boas e sadias do meu conjunto e viver a vida.
Se me sinto injustiçado com uma situação e, após refletir chego à conclusão de que não mereço isso, devo encarar o desafio, partir pra luta, me lançar à oração e ter Deus como minha força maior. Nessa luta, devo contar com a ajuda solidaria de pessoas, instituições e forças da sociedade que me ajudem a vencer a batalha. Cruzar os braços diante de algumas situações que merecem de nós uma atitude, pode se tornar pecado por omissão.
Se eu trabalho numa empresa que funciona à base de corrupção, por exemplo, e eu não compactuo com tal sujeira, a denúncia pode trazer minha demissão e até a perseguição. Se eu denuncio e assumo as consequências, vindo a perder o emprego e até ser perseguido, devo fazer isso por um bem maior, ou seja, pela verdade que aprendi por ser cristão e, por ser de Deus, a corrupção é algo que não faz parte da minha conduta. Todo sofrimento deve ser em vista de uma causa maior, senão não tem sentido.
Pe. Rosivaldo Motta, CSsR
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