02 de Março de 2016
Mateus 5,17-19
“Não penseis que vim abolir a Lei e os
profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes
que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão
tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só
destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será
considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será
considerado grande no Reino dos Céus.”
Entendendo
JESUS FAZ UM ALERTA
AOS QUE DESOBEDECEM A LEI DIVINA
Ao começar a
sua vida pública, Jesus fez questão de reconhecer que a Lei de Deus já estava
em evidência, mas não escondeu que havia necessidade de corrigir alguns
excessos praticados, principalmente por dois grupos religiosos da época, os
escribas e os fariseus. Afirmou que não veio tirar a Lei de circulação, mas
aperfeiçoá-la e apresentar a face verdadeira de seu Pai.
O rigor com que Jesus tratou a questão da violação dos mandamentos
– "por menor que seja" – deve ser entendida no contexto de sua
pregação e testemunho de vida. Não era o rigor dos fariseus e escribas, que
tentavam impor ao povo o cumprimento legalista, ao pé da letra – o rigor de
Jesus se referia à maneira de interpretar a Lei de Deus e a coerência entre o
falar e o agir.
A Sua preocupação maior era a de apresentar o amor misericordioso do
Pai, de modo especial em relação aos pobres e marginalizados; buscar a
fidelidade a esse Pai; defender a vida... E assim, o legalismo dos fariseus e
escritas foi sendo substituído pelo amor misericordioso de Deus.
Atualizando
O PAPA FRANCISCO ALERTA PARA
O PERIGO DE NOS TORNARMOS CRISTÃOS ‘SATÉLITES’!
Papa Francisco sobre cristãos que vivem a
fé segundo seus critérios: "Cristão mornos, cristãos 'satélites', não
fazem a Igreja crescer. Esta não é a Igreja de Jesus"
Cristãos mornos são
aqueles que querem construir uma igreja na própria medida, mas esta não é a
Igreja de Jesus. A primeira comunidade cristã, depois da perseguição, vive um
momento de paz, se consolida, caminha e cresce no temor do Senhor e com a força
do Espírito Santo. E é nesta atmosfera que respira e vive a Igreja, chamada a
caminhar na presença de Deus e de modo irrepreensível.
A Igreja caminha assim e
quando estamos na presença de Deus não fazemos coisas erradas e nem tomamos
decisões erradas. Estamos diante de Deus. Também com a alegria e a felicidade:
esta é a força do Espírito Santo, isto é o dom que o Senhor nos deu – esta força
– que nos faz andar em frente.
Muitos discípulos acham
muito dura a linguagem de Jesus, murmuram, se escandalizam e por fim abandonam
o mestre. Estes se afastaram, foram embora, porque diziam ‘este homem é um
pouco estranho, diz coisas que são muito duras e não podemos com isto… É um
risco muito grande seguir este caminho. Admiravam Jesus, mas não queriam se
misturar muito com este homem, porque ele diz coisas um pouco estranhas....
Cristãos assim, não se
consolidam na Igreja, não caminham na presença de Deus, não tem a força do
Espírito Santo, não fazem crescer a Igreja. São cristãos de bom senso – somente
isto. Tomam distância. São cristãos ‘satélites’, que tem uma pequena Igreja, na
sua própria medida. Para usar as mesmas palavras que Jesus usou no Apocalipse,
‘cristãos mornos’. Caminham somente na presença do próprio bom-senso, do senso
comum... daquela prudência mundana: esta é uma tentação da prudência mundana.
Quero lembrar aqui dos
cristãos que neste momento dão testemunho, em nome de Jesus, até o martírio. Estes
não são cristãos satélites, porque vão com Jesus, no caminho de Jesus. Estes
sabem perfeitamente aquilo que Pedro disse ao Senhor, quando o Senhor lhe faz a
pergunta: ‘Também vocês querem ir embora, serem ‘cristãos satélites’?
Responde-lhe Simão Pedro: ‘Senhor, a quem iremos, só tu tens palavras de vida
eterna’.
Assim, um grupo grande
se torna um grupo um pouco menor, mas daqueles que sabem perfeitamente que não
podem ir a outro lugar, porque somente Ele, o Senhor, tem palavras de vida
eterna.
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