O VÍCIO E A PERDA DA LIBERDADE
Dialogando com os judeus Jesus desenvolve
o tema “liberdade”. Diz que o pecado gera escravidão e impede a pessoa de ser
livre para construir a sua história. Afirma que a verdadeira liberdade está em assumir-se
como filho de Deus. O verdadeiro cristão sente a necessidade de, após cada ato
falho cometido, receber o perdão e continuar livre.
O vício é uma forma de escravidão, ele
provoca uma inversão de valores. Ao invés da pessoa mandar nele, ele que manda
na pessoa. Logo, o viciado não é livre porque está aprisionado a uma força que
vem de fora.
O sexo pode ser um vício que domina e
controla a vida de uma pessoa, levando-a viver e pensar somente nele, além de
reduzir a pessoa a um objeto de desejo. A internet pode ser um vício, se faz a
pessoa deixar outras atividades e relacionamentos para ser dominada pelas
relações virtuais. As drogas são vícios que dominam, arrancam a pessoa do
convívio familiar, social e mata aos poucos...
Pensando o vício como uma forma de
escravidão, ou atração forte que nos domina e muda nossa rotina, devemos pensar
também que todos nós temos tendências viciosas, em pequena ou grande escala.
Até nossas manias podem se tornar vícios, modificando o nosso comportamento e
comprometendo nosso jeito livre e sadio de viver.
Conheço um amigo que, diariamente, ao
levantar, sente a necessidade de tomar um cafezinho feito na hora... No início,
um costume sadio. Ao passar do tempo, o costume tornou-se uma tradição
indispensável, a ponto de, na falta do cafezinho, o amigo sentir dores de
cabeça e outras reações vindas do corpo. Este simples exemplo mostra a
necessidade de sermos senhores do nosso corpo, das nossas vontades, das
tendências que podem começar pequenas e tornarem-se viciosas, e comprometerem a
nossa liberdade.
Pe. Rosivaldo Motta, CSsR
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