18 de Maio de 2016
Marcos 9,38-42
João disse a Jesus: “Mestre, vimos alguém
expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava
conosco”. Jesus, porém, disse: “Não o proibais, pois ninguém que faz milagres
em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a
nosso favor”.
Entendendo
JESUS ELOGIA UMA PESSOA QUE NÃO FAZIA
PARTE DO SEU GRUPO E PRATICAVA O BEM AO PRÓXIMO!
Movidos
de vaidades puramente humanas, os discípulos se sentem privilegiados e procuram
privatizar os poderes recebidos de Jesus. Eram tentados a formar um grupinho
fechado, controlando e administrando os benefícios de Deus. Daí sua irritação quando viram alguém expulsar
demônios, no nome de Jesus, sem ser explicitamente do grupo dos doze.
Jesus procura mostrar-lhes que o bem faz parte da missão do Reino e pode
acontecer onde menos se espera. Basta ter alguém movido de amor ao próximo e
queira prestar-lhe um serviço. Portanto, se alguém realizasse uma ação em seu
nome, estaria sendo seu discípulo, mesmo não fazendo parte do grupo dos doze.
O surgimento de novos discípulos não podia ser motivo de tristeza e
preocupação. Quanto mais se multiplicasse o número de continuadores da proposta
de Deus, melhor. Assim, o Reino poderia chegar a um número sempre maior de
pessoas, recuperando vidas e proclamando a alegria do Pai.
Atualizando
UM SIMPLES ELOGIO PODE SER O
INÍCIO DA MUDANÇA DE UMA PESSOA
TIDA COMO MÁ!
Nós, cristãos, sem percebermos, quase sempre agimos como pessoas comuns
da sociedade. Podemos encontrar duas explicações para isso. A primeira é que
nos acostumamos ao habitual e nos acomodamos com o que nos é proposto; a
segunda, talvez, pelo pouco conhecimento dos valores cristãos que devem ser
colocados em prática.
Muitas vezes, seguindo a onda da sociedade, classificamos a pessoa como
má, por uma atitude errada praticada e jogamos toda ela fora, como se ela não
tivesse nada de bom. Agindo assim, além de nos colocarmos como superiores,
estamos praticando um falso julgamento, contaminando nosso coração e nos
fechando para aquela criatura. E o estrago continua – comentamos e convencemos a
outros a olhar para aquela pessoa como alguém que “não presta”.
Jesus viu Natanael à distância falando mal Dele: “Pode vir alguma coisa
boa de Jerusalém?” Ao aproximar de Natanael, Jesus converteu o preconceito
sofrido em elogio ao acusador. Parabenizou Natanael pela sinceridade em falar o
que pensava. Desarmou totalmente o acusador! Que sabedoria! Essa atitude tocou
no coração do preconceituoso ao ponto de seguir a Jesus.
No evangelho de hoje Jesus derruba o sentimento possessivo dos seus discípulos,
querendo proibir uma pessoa que fazia o bem de atuar. Simplesmente por não
seguir ao seu grupo. Jesus mostra que toda pessoa que faz o bem, está identificada
com Ele, pois o amor passa pelas boas ações em favor do semelhante.
Tomado desse princípio, podemos afirmar que uma ação boa praticada, até
mesmo por pessoas perigosas e temidas por todos nós, como um estuprador ou
traficante deve ser elogiada. Naquela ação que ele praticou, sobressaiu o seu
lado Deus.
Tenhamos essa consciência e procuremos valorizar mais as boas ações,
venham de onde vier. Um elogio feito a uma pessoa que todos atiram pedra pode
ser a “faísca” que ela precisa para elevar a sua autoestima, ser tocada pelo
amor de Deus e iniciar o seu processo de mudança. Pensemos nisso!
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