19 de Maio de 2016
Marcos 9,41-50
“Quem vos der um copo de água para beber
porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E quem provocar
a queda de um só destes pequenos que creem em mim, melhor seria que lhe
amarrassem uma grande pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no mar. Se tua mão
te leva à queda, corta-a! É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos do
que, tendo as duas, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga… Se teu
pé te leva à queda, corta-o! É melhor entrar na vida tendo só um dos pés do
que, tendo os dois, ser lançado ao inferno... Todos serão salgados pelo fogo. O
sal é uma coisa boa; mas se o sal perder o sabor, como devolver-lhe o sabor?
Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.”
Entendendo
NÃO SER OCASIÃO DE
PECADO E NÃO PROVOCAR ESCÂNDALO!
As recomendações fortes feitas por Jesus aos discípulos, só podem ser
compreendidas, lembrando o contexto da época. Em outro evangelho, Jesus alerta
os discípulos para não se deixarem levar pelos “fermentos” dos fariseus e de
Herodes. Estas duas correntes influenciavam na sociedade de sua época.
A primeira corrente é religiosa e hipócrita, como o próprio Jesus
definiu a sua prática; a segunda é política, de domínio e opressão ao povo.
Jesus sentia que aqueles homens escolhidos por Ele, os apóstolos, a cada
momento apresentavam atitudes dessa formação desviada, recebida desde a sua
infância dessas duas correntes. Explica-se ai, o porquê do Mestre falar forte e
cheio de autoridade no evangelho de hoje.
Jesus percebia que eles eram rigorosos com os outros, mas aliviavam a
barra quando a infração era cometida por eles próprios. A orientação do Mestre
era para que eles fossem pacientes e cautelosos com os novos na fé, e não se
tornassem causa de pecado para os demais. Os discípulos, agindo daquela maneira,
estariam correndo o risco de se tornarem culpados do fracasso na evangelização
e serem julgados por isso.
Atualizando
MAIS DO QUE DISCURSOS,
EDUCAR É TER ATITUDE E DAR BONS EXEMPLOS!
Quem nunca ouviu a seguinte frase:
“Educação vem de berço”. Em muitas famílias isso é regra e são os pais os
educadores fundamentais com os quais os filhos aprendem valores básicos, como:
respeito, disciplina e solidariedade. Já em outras famílias, o quesito educação
é deixado de lado e essa responsabilidade é transferida para os avós, parentes
mais próximos, ou para a escola.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, a
educação é feita em conjunto entre escola e família e é preciso distribuir essa
responsabilidade de forma que os pais participem mais da vida dos filhos e a
escola cumpra seu papel social. Vejamos estes exemplos:
Situação real 1: Almoço
em um restaurante. Os filhos de um casal, após terminarem seu almoço, brincam
tranquilamente com brinquedinhos estrategicamente trazidos de casa para distraí-los.
Uma criança da mesa vizinha se interessa e vai brincar também. Até aí, tudo
bem! Mas a criança começa a tumultuar o ambiente, joga os brinquedos no chão,
brinca falando muito alto, incomodando não só à família citada, mas a todas as
pessoas das mesas vizinhas.
O casal orienta seus filhos a ficarem
sentados, brincando calmamente, o que eles obedecem, apesar da presença do
“novo amigo”. Pedem gentilmente ao menino que procure “se conter”, explicando a
ele que está incomodando as outras pessoas. Os pais do garoto apenas olham e
não tomam nenhuma atitude. Na hora de chamá-lo para ir embora, ele não quer ir.
Começam a discutir com ele, sem importar-se por estar importunando. A mãe,
então, termina a discussão com a seguinte “pérola”: “Vamos embora, esses brinquedos
são feios e velhos, você tem mais bonitos em casa”.
Situação real 2:
Casa de praia, amigos de amigos. Aproximadamente 20 pessoas convivendo no mesmo
ambiente, para passar o fim de semana. Um casal com dois filhos faz parte do
grupo. Seus filhos, sem rotina, têm o hábito de “cochilar” às 19 h e após este
breve cochilo, ficar acordados até, pelo menos, 3 horas da manhã. O detalhe é
que os pais, em nenhum momento, preocuparam-se em pedir para que, em meio à
suas brincadeiras bem barulhentas, respeitassem os que tentavam dormir. Quando
uma das “tias” encheu-se de coragem e solicitou os tão esperados “respeito e
silêncio”, a reação dos pais foi fechar a cara, ofender-se e não tomar nenhuma
atitude.
Gente, em que mundo nós estamos? Sabemos
que as crianças são naturalmente curiosas e sapecas, graças a Deus, pois não
colocamos nossos filhos no mundo para serem robozinhos ou cordeirinhos. E quem
tem filhos sabe que, embora tentando, não conseguimos agir 100% corretamente.
Nossos pequenos “escorregões” na educação
dos pequenos acontecem, são normais e às vezes somos, sim, vencidos por eles.
Alguém poderia dizer: que crianças mais mal-educadas! Sim, “mal-educadas” – mas
quem as educa? A meu ver, não é culpa delas (ainda) e sim, dos pais.
Nos dois casos, as crianças tiveram
atitudes relativamente normais, visto que ainda estão crescendo e aprendendo.
Mas em nenhum momento os pais se colocaram orientando-os quanto à maneira
correta de agir, ensinando-os a cuidar dos objetos quando pegá-los emprestados
ou respeitar as pessoas com quem convivem. E o pior, ainda deram péssimos
exemplos, com comportamentos contrários ao que se espera de adultos educados.
Os pais devem estar muito atentos e
participar de tudo o que acontece, devem manter o canal de comunicação e confiança
com seus filhos verdadeiramente abertos, para poderem atuar e educar sempre que
houver necessidade. Nunca encobrindo os erros de seus filhos, pois atrás de um
pequeno deslize poderá aparecer um erro de proporções bem maiores, quando
talvez, seja tarde demais para tentar remediá-lo.
A educação acontece desde cedo, desde o
nascimento. É através dos pequenos atos que ensinamos nossos filhos,
preparando-os para as situações maiores e reais da vida adulta. Se uma criança
pequena crescer sem limites, este tipo de comportamento continuará e poderá,
ainda, torna-se pior.
Ficamos por imaginar que tipos de adultos
as crianças dos exemplos acima se tornarão, se continuarem a ser educadas desta
forma. Esperamos, sinceramente, que seus pais abram os olhos, pois nunca é
tarde para aprender, principalmente, sobre o respeito ao próximo.
As crianças seguem os padrões da família:
pais alegres, filhos felizes. Ambiente de paz, filhos tranqüilos. Pais que se
alimentam corretamente e com equilíbrio, filhos assim terão. Pais organizados,
filhos também. Pais educados, que dão e cobram atitudes corretas, formarão
filhos íntegros e seguros. E não adianta fechar os olhos: se os pais não
educarem seus filhos, a sociedade o fará!
Cláudia
Fernanda Venelli Razuk,
Coordenadora
pedagógica do Colégio Itatiaia.
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