17 de Outubro de 2016
Santo Inácio de Antioquia
“Morreu
devorado pelos leões por amor a Cristo”
Inácio
nasceu próximo do ano 35 da Era Cristã. Conviveu com os apóstolos escolhidos
pelo próprio Jesus. Cresceu e foi educado entre eles, depois sucedeu Pedro no
posto de bispo de Antioquia, na Síria, considerada a terceira cidade mais
importante do Império Romano, depois de Roma e Alexandria, no Egito. Gostava de
ser chamado de
Teóforo - portador de Deus.
Desse modo viveu toda a sua vida: portador de Deus que incendiava a fé!
Como
bispo foi muito amado na Antioquia. Durante o Império de Trajano por volta do
ano 107, foi preso devido à sua liderança na religião cristã. Condenado a
morte, como cristão, deveria ser devorado pelas feras para diversão do povo que
desejava derramamento de sangue. O palco seria o recém-construído Coliseu.
A
viagem de Inácio, acorrentado, de Antioquia até Roma, por terra e mar, foi o
apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador
da humanidade pregou por todos os lugares por onde passou, até no local do
martírio. Com sua prisão e condenação à morte atraiu bispos, clérigos e
cristãos em geral, de todas as terras que atravessou. Multidões juntavam-se
para ouvir suas palavras.
Durante
a viagem final, escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais
notáveis da Igreja. Em todas faz profissão de sua fé, e elas contêm
ensinamentos e orientações até hoje adotados e seguidos pelos católicos.
Numa dessas cartas, estava o seu especial pedido:
"Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu
seja triturado pelos dentes dos leões para tornar-me um pão digno de
Cristo". Fazia-o sabendo que muitos de seus companheiros poderiam
influenciar e conseguir seu perdão junto ao imperador. Queria que o deixassem ser
martirizado. Sabia que seu sangue frutificaria em novas conversões e que seu
exemplo tocaria o coração dos que, mesmo já convertidos, ainda temiam assumir e
propagar sua religião.
Em
Roma, uma festa que durou cento e vinte dias, mais de dez mil gladiadores davam
suas vidas como diversão popular naquela comemoração pela vitória em uma
batalha. Chegada a vez de Inácio, seus seguidores e discípulos esperavam,
ainda, o milagre que não aconteceu, porque assim desejava o bispo mártir. Era o
dia 17 de outubro de 107, quando Santo Inácio de Antioquia morreu triturado
pelos dentes dos leões com setenta e dois anos de idade, e sua trajetória
terrena entrou para a história da humanidade e da Igreja.
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