SEJA AMIGO DA MORTE!
Certa feita, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e
morrer em seus braços, sem que ela pudesse fazer nada. Desesperada, saiu pelas
ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar
a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre,
colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a
estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a
sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda
nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu,
cheia de esperança, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as
mesmas respostas. “Muita gente já morreu nesta casa”; “Desculpe, já houve morte
em nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.” Depois de percorrer a
cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher
compreendeu a lição. Voltou ao mestre e disse: “O sofrimento me cegou a ponto
de eu imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte”.
Fonte: www.ip.usp.br
Seja amigo da morte! Estranho, não! Mas é
preciso quebrar a barreira que nos distancia dessa realidade. Não para se esquecer
de viver, não porque seja bom deixar de existir. Mas simplesmente porque ela
vai acontecer e não somente comigo e com você, mas com todos os que andam ou
venham a andar sobre a Terra.
A você e a mim, portanto, resta apenas
aprender a conviver com ela. Encará-la de frente, compreendê-la e admiti-la, em
vez de tentar escamoteá-la, negá-la ou escondê-la debaixo do tapete. E, quem
sabe assim, sofrer menos com a visita que ela nos fará um dia e com os
eventuais sinais da sua presença que ela já plantou ao nosso redor.
Para
que essa “amizade” seja selada de maneira mais forte, basta acreditar que ela
nos libera para o que mais desejamos um dia – reencontrar-nos com Deus! Desejo
uma excelente vida para você, caro leitor. E uma boa morte!
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