14 de Novembro de 2016
Santo Serapião
“Um fiel defensor dos cristãos”
Serapião nasceu em Londres, no ano 1179, numa família cristã e
nobre da Inglaterra. Seu pai era Rotlando Scoth, capitão da esquadra do rei
Henrique III. Ainda jovem Serapião já estava ao lado do pai na Cruzada
comandada por Ricardo Coração de Leão. Porém, no retorno, próximo a Veneza, o
navio naufragou e eles acabaram presos pelo duque Leopoldo, da Áustria. O rei e
o pai de Serapião foram soltos, mas Serapião ficou retido. O duque percebera
que ele era bom militar e bom cristão, bondoso e caridoso. Por isso, o manteve
na Corte.
Serapião ficou na Áustria servindo ao duque, e depois foi para
Espanha onde passou a servir no exército do rei Afonso III, que defendia os
cristãos contra os invasores mulçumanos.
Sua vida militar era sempre em defesa dos cristãos. No ano de 1220
conheceu o sacerdote Pedro Nolasco, fundador da Ordem de Nossa Senhora das
Mercês e depois santo. Os frades mercedários se dedicavam à mesma causa que
Serapião defendia, mas sem guerrear. Os mercedários buscavam libertar os
cristãos prisioneiros dos mulçumanos arriscando suas próprias vidas.
Serapião ingressou na Ordem Mercedária em 1222 e, junto com Pedro
Nolasco e Raimundo Nonato, realizou várias libertações. Na última, que ocorreu
em Argel, na África, teve que ficar como refém para libertar os cristãos que
estavam quase renegando a fé, enquanto o outro frei mercedário viajou
rapidamente para Barcelona em busca de dinheiro para resgatá-lo. O superior,
Pedro Nolasco, se encontrava na França e quando soube disso, escreveu uma carta
ao seu substituto, para arrecadar esmolas em todos os conventos da Ordem, para
libertar Serapião o mais breve possível.
Na data marcada o resgate não chegou,
então, os muçulmanos disseram a Serapião que poderia ser libertado se renegasse
a sua fé cristã. Ele recusou. Furiosos, deram-lhe
um martírio cruel. Quebraram-lhe todas as juntas dos membros e lançaram-no
de um pavimento elevado, de cabeça para baixo.
Serapião morreu no dia 14 de novembro de 1240, quando tinha
sessenta e um anos de idade, em Argel, hoje atual capital da Argélia. Foi
canonizado pelo papa Urbano VIII em 1625. É considerado protetor das
articulações.
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