08 de Dezembro de 2016
Imaculada Conceição de
Maria
”Desde o
ventre materno foi preparada para ser a mãe do Salvador”
Hoje não comemoramos
a memória de um santo, mas sim a Imaculada Conceição de Maria, a rainha de todos
os santos de Deus, a mãe de Jesus.
O dogma da Imaculada
Conceição de Maria é um
dogma querido no coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades
que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não
devemos renunciar sob nenhuma hipótese.
Foi
em 1854, que o papa Pio IX proclamou como dogma de fé, através da bula
“Ineffabilis Deus”, a Imaculada Conceição de Maria, onde afirma que Maria foi
concebida sem o pecado original. Segue:
“Declaramos, pronunciamos e definimos como
doutrina revelada por Deus o quanto segue: A Beatíssima Virgem Maria, no
primeiro instante da sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus
onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano,
foi preservada imune de toda mancha de pecado original”.
Por
muito tempo essa questão foi discutida e estudada por vários teólogos, até ser
muito bem defendida por um franciscano escocês e grande doutor em teologia,
chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de
pensamento de São Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de
Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito
homem para a redenção da humanidade. Deus, portanto preservou Maria sem pecado
original, pois era destinada a ser a mãe do seu filho.
Rapidamente a doutrina da
Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Santa Ana, foi introduzida no
calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu, em 1830, a Santa Catarina
Labouré, pedindo que se cunhassem medalhas com a oração: "Ó
Maria concebida
sem pecado, rogai por nós que recorremos a
vós".
Também nas
aparições de Lourdes tivemos a confirmação dessa verdade do dogma. De fato,
Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição”.
Deus quis preparar para
seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade,
manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da
gratuidade de Deus misericordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de
participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por
preservação divina, permanecesse puríssima.
Maria
soube muito bem retribuir as graças que recebeu de Deus, dando o seu “sim” ao
projeto de Deus.
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