O NÚMERO DE SEPARAÇÕES
DENUNCIAM
A POUCA CONSCIÊNCIA DO VALOR
DE UMA FAMÍLIA
É grande o número de separações entre casais que se
propuseram formar uma família. Isso, não somente de casamentos realizados na
Igreja, mas também de uniões no mundo civil ou, casamento civil, como é
conhecido. Certamente a causa maior dessa constatação, dentre outros motivos
menores, recai sobre a queda do modelo de família tradicional.
As mudanças constantes na sociedade chamada
pós-moderna, fizeram surgir outros modelos de família: pais e mães morando
separados e dividindo tempo na educação dos filhos; pais ou mães morando
sozinhos com seus filhos; “casais” formados por dois homens ou duas mulheres...
Tudo para a sociedade toma uma dimensão de naturalidade. Resta saber se tais
modelos preenchem e são da vontade do Criador!
A busca dessa nova maneira de viver em família tem
como fator motivador o fracasso que resultou na separação do “casamento”.
Jovens que não foram preparados suficientemente, nem pela família, nem pela
Igreja, e muito menos pela sociedade para assumir os deveres de família.
O problema vem lá de trás. Nas entrevistas que
realizamos antes do casamento, percebemos que uma das razões que levam boa
parte dos jovens ao casamento, não é o desejo de formar uma família, instituição
divina, criada por Deus para a realização de toda pessoa, mas, na tradição dos
seus antepassados. Ou seja, os pais e avós casaram e eles vão casar também.
Os sinais são expressos nas preocupações que cercam
o evento. A celebração da Igreja deve ser a mais curta possível, alertam muitos
dos noivos; o ato, se a Igreja permite, eles querem que aconteça na Casa de
Eventos, pois isso barateia os custos da festa; o rito de entrada e abertura na
Igreja devem ser um show marcante e um desfile de modas a ser “eternizado” nas
fotos e filmagens; o manequim dos convidados tem de obedecer a um padrão e,
caso alguém fuja do habitual, em algumas regiões, serve de comentários e
olhares maliciosos...
Muitos são os sinais que denunciam a busca do
casamento religioso como ato apenas social. O importante é que o acontecimento
seja esplêndido e vivido intensamente. Depois, caso não dê certo, cada um
procure seu caminho e, tudo bem, constitui outra família ou outro jeito de
viver e a vida continua. E onde fica Deus nessa história?
Mas, seria radicalismo da nossa parte, achar que
todos esses casamentos serão fracassados, mesmo porque Deus se serve de uma
“fagulha” de boas intenções para investir na vida familiar de todo casal, ainda
despreparado que seja. É precisa acreditar na graça de Deus e na oração
fervorosa, até mesmo de uma só pessoa da família. Ao mesmo tempo, não podemos
ser ingênuos ao afirmar que tais casamentos deveriam acontecer. Consuma-se ali
o ato, o ritual, mas o sentido da formação da família não esteve presente.
É ai que surge
o Tribunal Eclesiástico da Igreja Católica, para declarar a nulidade do matrimônio.
Assim dizemos, mas, na verdade, o casamento não aconteceu, pois a consciência
do valor da bênção de Deus não foi consciente e abstraída pelo casal.
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