02 de Maio de 2017
João 6,30-35
Eles perguntaram: “Que sinais realizas
para que possamos ver e acreditar em ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o
maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu’”. Jesus
respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão
do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é
aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. Eles então pediram: “Senhor,
dá-nos sempre desse pão!” Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a
mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
Entendendo
MESMO FAZENDO MILAGRES,
ELES AINDA DESCONFIAVAM DE JESUS
Ainda que os milagres que Jesus realizava
fossem extraordinários e deixassem o povo maravilhado, pairava desconfiança na verdadeira
identidade do Mestre. Para eles podia ser um charlatão ou milagreiro
oportunista. Por isso, pediam mais sinais para acreditar.
O milagre do maná, matando a fome
dos antepassados, na caminhada pelo deserto, não saía da cabeça daquele povo.
Ali, para eles, era comprovada a autoridade de Moisés como homem enviado por
Deus. Jesus, para ser aceito, devia realizar um feito de tal grandeza, que não
fosse possível duvidar ser Ele, de fato, o enviado de Deus.
A resposta de Jesus é corajosa, diante do
respeito que eles tinham por Moisés. Primeiro, negou que Moisés tenha sido o
autor do milagre no deserto. E disse que quem alimentou o povo faminto foi o
Pai. Além disso, o alimento antigo não era o alimento verdadeiro, como o que Ele
estava oferecendo: o pão descido do céu para dar vida ao mundo.
Atualizando
POR QUE NUNCA
ESTAMOS SATISFEITOS COM O QUE TEMOS?
No evangelho o povo tem o privilégio da
presença de Jesus, curando, fazendo milagres, ensinando, amando..., mas não
está satisfeito e não desfruta do presente que recebe.
O ser humano nunca está satisfeito com o
que tem, pode até ser conformado, mas satisfeito, dificilmente. Isso porque
todos buscam a ‘felicidade’! Independentemente de raça, cultura, credo... A
felicidade virou o objetivo de todos. Ainda que o significado seja diferente,
todos querem ser felizes.
Relaciono
dois grandes motivos para essa insatisfação. O primeiro é um motivo bom, bem cristão. O segundo é
resultado de uma tendência egoísta do ser humano.
Insatisfação
boa...
Todos nós temos ideais, objetivos a serem
buscados. A vida não para, ela é dinâmica. Deus, ao nos criar, nos fez para vir
ao mundo, dar frutos e caminhar numa direção infinita. Neste sentido, nunca
vamos estar satisfeitos completamente, porque lutamos pelo melhor, por uma meta
que foge às dimensões humanas.
Outro motivo que nos leva à insatisfação
é a tendência do mal praticado por alguns de forma consciente, vitimando
pessoas inocentes e indefesas. É ver uma sociedade violenta, governantes
corruptos, a injustiça acontecendo... O cristão consciente não pode se
conformar e estar satisfeito com as tendências do mal.
Insatisfação
ruim...
O lado negativo da insatisfação é aquele
alimentado pelo insaciável desejo de ter para dominar, mandar, esbanjar
grandeza de forma egoísta...
Lidamos com um tipo de insatisfação cada
vez maior, movido pela mídia: o consumismo. A mídia faz uma lavagem cerebral no
inconsciente das pessoas, criando necessidades e convencendo de que é
necessário ter uma roupa nova, um celular de última geração, o mais novo
lançamento do Ipod, a TV de tela plana... Ao esforçar-se para comprar, já é
lançado um novo modelo com mídia mais atrativa... São necessidades pequenas que
vão provocando um acúmulo de ansiedade e insatisfação que poderá tirar a paz.
Esta
é uma insatisfação mesquinha, que busca preencher a vida com “coisas” e bens
materiais. A insatisfação e o descontentamento provocam inúmeros males físicos
e psíquicos, que podem tirar a paz e nos afastar Daquele que preenche vazios e
alimenta a esperança – Jesus Cristo.
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