13 de Maio de 2017
Dia da Abolição da Escravatura no Brasil
No dia 13 de maio comemora-se a “Abolição
da Escravatura no Brasil”. A escravidão foi oficialmente extinta nesse dia por
meio da Lei Áurea. "Áurea", por sua vez, quer dizer "de
ouro" e - por aí – pode-se imaginar o valor que se deu a essa lei, afinal,
o trabalho escravo é uma prática desumana.
Assinado pela princesa Isabel, em 1888, o
texto da Lei Áurea é curto e bastante objetivo:
"A Princesa Imperial
Regente, em nome de Sua Majestade, o Imperador, o senhor dom Pedro II, faz
saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou, e Ela
sancionou a Lei seguinte: Art. 1º É declarada extinta desde a data desta Lei a
escravidão no Brasil. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário."
Ao chegarem ao Brasil, no séc. 16, os
portugueses primeiramente tentaram escravizar os indígenas, forçando-os a
trabalhar em suas lavouras. Os índios, porém, resistiram, seja lutando, seja
fugindo para regiões remotas do interior, na selva, onde os brancos não
conseguiam capturá-los.
Para Portugal, a solução encontrada foi
trazer ao Brasil escravos negros de suas colônias na África. Subjugados à força
e trazidos para um país estranho, a imensa maioria dos negros não tinha como
resistir à escravidão, embora muitos tenham se refugiado em quilombos e
enfrentado os brancos. Foi o caso de Palmares, em Alagoas, que durou cerca de
70 anos.
Campanhas
Abolicionistas
Ao longo das décadas de 1870 e 1880, a
população brasileira livre - particularmente a dos centros urbanos - começou a
se solidarizar com os escravos e a compreender a necessidade da abolição.
Vários políticos e intelectuais passaram a defendê-los. Entre eles
encontravam-se nomes de destaque na época, como Joaquim Nabuco, José do
Patrocínio, André Rebouças e Luís Gama. Também surgiram muitos jornais e
revistas que defendiam o abolicionismo.
Além disso, formaram-se os chamados
clubes abolicionistas que arrecadavam fundos para compra de cartas de alforrias
- certificados de libertação que podiam ser adquiridos pelos escravos. Em 1885,
o Ceará decretou o fim da escravidão em seu território. Fugas em massa
começaram a ocorrer no resto do país. Em 1887, o Exército solicitou ser
dispensado da tarefa de caçar escravos fugidos.
Ainda existe escravidão!
Em São Paulo, Antônio Bento de Souza e
Castro fundou um grupo abolicionista radical, os “Caifazes”, que organizava
rebeliões e fugas em massa. A campanha abolicionista tornou-se um dos maiores
movimentos cívicos da história do Brasil e já se unificava com os movimentos
republicanos. Então, a situação tornou-se insustentável e o governo, sob a regência
da princesa Isabel decidiu agir.
A abolição, contudo, não representou o
fim da exploração do negro no Brasil, nem a sua integração - em pé de igualdade
- na sociedade brasileira, que ainda tem uma enorme dívida para com os
descendentes dos escravos.
Mas o que é pior: apesar das leis e da
consciência da maior parte da população mundial, ainda hoje, encontram-se
pessoas em várias partes do Brasil e do mundo que trabalham sem receber
pagamento, em situação semelhante à da escravidão. De qualquer forma, hoje,
isso é considerado um crime e quem o pratica, se for pego, recebe a punição.
Fonte:
educação.uol.com.br
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