22 de Maio de 2017
João 15,26-16a
“Quando vier o Paráclito, que vos
enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará
testemunho de mim. Também vós dareis testemunho, porque estais comigo
desde o princípio. Disse-vos essas coisas para vos preservar de alguma
queda. Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que
vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. Procederão deste modo
porque não conheceram o Pai, nem a mim. Disse-vos, porém, essas palavras
para que, quando chegar a hora, vos” lembreis de que vo-lo anunciei.
Entendendo
“... VIRÁ A HORA EM QUE TODO
AQUELE QUE
VOS TIRAR A VIDA JULGARÁ
PRESTAR CULTO A DEUS”
Aproxima-se a Festa de Pentecostes, e
Jesus vai dando pistas e aprofundando o conhecimento sobre o Espírito Santo,
última revelação explícita de Deus à humanidade. Primeiro foi a revelação do
Pai, em seguida Ele enviou o Filho e, por último, o Espírito Santo.
O Espírito não anuncia a si mesmo, mas dá
testemunho de Jesus Cristo. A comunidade é chamada a também utilizar a força do
Espírito. Jesus marca o compromisso em um local determinado – Jerusalém - onde
os discípulos deverão receber a força que conduzirá ao testemunho de vida: “...
permaneçam em Jerusalém até receberem a força do alto, o Espírito Santo, então
sereis minhas testemunhas” (At 1,8).
Mergulhados em completa ignorância, Jesus
anuncia que os judeus poderão até matar os seus seguidores, julgando fidelidade
e defesa ao deus que eles dizem acreditar. A razão da violência permanece a
mesma: falta de conhecimento do Pai e do Filho; imagem equivocada de Deus e de
seu projeto; dureza de coração.
Atualizando
A VIOLÊNCIA PRATICADA EM NOME DA “FÉ”!
Jesus é crítico quanto à ignorância de
alguns grupos judeus de sua época que eram capazes de praticar violência
jurando estar defendendo o seu deus. Já passados tantos séculos, o fanatismo
religioso e a visão distorcida de Deus continuam ameaçando a humanidade.
Acompanhamos nos noticiários o terrorismo
matando inocentes e provocando medo ao mundo inteiro. O espantoso é que a raiz
dessa praga é motivada por pessoas da religião islâmica, que dizem prestar
sacrifício e martírio em “nome de Allá”. A que ponto chegamos! Conceber um deus
que se agrada com o sangue derramado de pessoas, em sua maioria, inocentes!
O professor inglês Bernard Lewis,
especialista em História Islâmica na interação com o Ocidente, afirma que não há lugar para o sacrifício humano nem para o
assassinato ritual na lei, na tradição ou na prática islâmica.
Então, por que os terroristas são islâmicos em sua maioria?
Responde o professor que
o mártir para o Islamismo é aquele que segue o caminho de Deus, ele é Shahîd,
isto é “testemunho”. Por isso ser morto na guerra combatendo pela religião, ou
sofrer martírio, é ser chamado propriamente de testemunho da fé muçulmana.
O Islã não conhece o
sacrifício humano. Para realizar suas ações terroristas, os integristas contemporâneos
reorientaram essa noção de sacrifício e aclimataram-na ao imaginário islâmico
por uma série de manipulações. Assim, a celebração real desse símbolo
(terrorismo) torna familiar ao sujeito do Islã.
Para o Islamismo, Jesus
Cristo é reconhecido como um profeta e a virgem Maria tem seu nome relatado no
Corão (bíblia islâmica). Mesmo reconhecendo os valores dessa religião, o certo
é que o desvio de interpretação de martírio de seus seguidores radicais assusta
o mundo e, ao invés de semear a paz, espalha medo, ódio, vingança e a morte de
milhares de inocentes.
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