13 de Novembro de 2013
Caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Estava para entrar num povoado, quando dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
JESUS CUROU DEZ E SOMENTE UM VOLTOU PARA AGRADECER!
Jesus curou dez leprosos. O número “dez” não se refere apenas ao número dos doentes curados. Na simbologia bíblica representa a totalidade de um povo. Ou seja, todo povo é visitado e curado pela bondade de Deus, todos têm acesso à saúde e felicidade trazida por Deus, através de Jesus Cristo.
O único curado que voltou para agradecer é da região da Samaria. Povo discriminado pelos judeus porque acreditava em outra manifestação de fé diferente da de Jesus. Ao curar o samaritano, Jesus mostra que independentemente de região ou religião, Deus é para todos.
Apenas o samaritano volta para agradecer e ele era exatamente o mais rejeitado... Isso vem mostrar-nos que de quem menos se espera pode vir uma manifestação de amor e gratidão! Por isso Jesus nos preveniu: “Não julgueis para não serdes julgados!”. Perguntando pelos outros que não voltaram para agradecer, Jesus evidencia a ingratidão como um mal contra a bondade de Deus.
COMO REAGIR AO SOFRER UMA INGRATIDÃO?
Quem de nós nunca sofreu uma ingratidão? Todos já sentimos na pele o que é ajudar alguém e receber em troca uma grosseria, ou até mesmo um golpe. Como cristãos devemos fazer o bem sem esperar o retorno, mas como humanos, sentimos a ingratidão como uma atitude no mínimo deselegante, e isso provoca estragos.
O ingrato é uma pessoa egoísta...
É preciso trabalhar o sentimento de revolta que se manifesta quando alguém a quem se presta algum tipo de ajuda, incentivo a crescer e buscar novos horizontes fazendo-a sentir-se viva aspirando algo mais, se mostra ingrata. Procure entender que ajudou uma pessoa que não tinha o mesmo caráter que o seu. Não alimente a mágoa, limpe as lágrimas...
Como resultado prático, você adquiriu mais uma lição de vida. Tudo não passa de uma decepção que, dependendo da sua decisão, ajudará em seu crescimento espiritual.
A bondade levanta nossa autoestima...
Muitas vezes, o exercício da bondade nos leva a crer que somos vistos como a melhor pessoa do mundo. E isso de tudo não é mal, pois cria em nós uma autoestima e, ao mesmo tempo, temos a honra de assemelhar-nos ao Criador, senhor da bondade. É Ele quem nos recompensará e não o ingrato que cuspiu no prato que comeu.
Assim como as moléculas de ar que se precipitam rapidamente para ocupar lugares vazios, seu espírito também vai precisar de um tempo para repor o que foi distribuído para quem não mereceu.
O que enobrece o espírito está relacionado às provas que passamos e uma das mais difíceis está relacionada à solidariedade. Principalmente nas horas em que mais precisamos. A ingratidão não passa de uma prova para o aperfeiçoamento, mas ela só terá validade se você não fizer o papel de vítima.
Apenas um gesto é capaz de curar o sofrimento de uma ingratidão...
Apenas um gesto é capaz de curar o sofrimento provocado pela ingratidão – o perdão. Perdoe esse miserável, não porque ele merece, mas porque você é do BEM e está honrando sua origem.
Caso não aconteça o perdão, seu coração poderá ser invadido por hóspedes indesejáveis como a raiva e o ódio. E estes sentimentos serão enviados, não apenas para aquele que foi ingrato, mas para todos aqueles que estão mais próximos, e convenhamos muitos não merecem.
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