16 de Novembro de 2013
Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir: “Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, e lhe pedia: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’. Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Não temo a Deus e não respeito ninguém. Mas esta viúva já está me importunando. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha, por fim, a me agredir!’”. E o Senhor acrescentou: “Escutai bem o que diz esse juiz iníquo! E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a terra?”.
A PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO
A parábola de hoje tem uma finalidade específica: aconselhar os discípulos a perseverarem na oração. Trazendo à situação daquele momento, Jesus acentua essa necessidade, principalmente por causa da perseguição em razão da fé, o perigo para não cair no poder da tentação, e nem desanimar. É preciso rezar sempre para manter vivo o testemunho.
A parábola mostra um juiz que “não temia a Deus, nem respeitava homem algum”, e procede de forma arbitrária não levando em consideração, nem Deus nem os homens. Dá destaque também para a perseverança da oração da viúva, e ressalta o cuidado de Deus para com os seus filhos, sem vez e sem voz, diante das autoridades do mundo.
A vivência da fé passa e passará por provações e perseguições, por isso é preciso rezar, sem jamais desanimar.
A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO, ONDE FALAMOS E SOMOS RESPONDIDOS POR SINAIS, ACONTECIMENTOS, INSPIRAÇÕES, PESSOAS...
Na Igreja Católica, a oração é dirigida a Deus, porém, ela reconhece a força da intercessão da Virgem Maria e dos Santos.
A oração é um diálogo com Deus e, sendo diálogo, há uma interação. Eu falo e o Pai responde de maneiras diferentes: inspirações na mente, sinais, acontecimentos, pessoas... Uma coisa é certa, nenhuma oração ficará sem uma resposta de Deus, pois Ele está acompanhando seus filhos bem de perto, e participa da nossa história.
Muitas são as formas de conversar com Deus. A mais utilizada é através da fala, com diferentes estilos: leitura de mensagem escrita, rezas formuladas, louvor, súplica, rogos, preces, agradecimentos, expiação, bênção... Mas, diferente das palavras, existem outras maneiras de comunicação com Deus que também são oração: ouvir uma música que leve à interiorização, estar ligado em pensamento com as forças divinas, o olhar contemplativo, o toque, enfim, tudo que nos leva ao Pai.
Reza e oração, duas maneiras de se fazer a comunicação com Deus, mas elas são a mesma coisa. Os estilos são diferentes. A reza é uma forma de oração através de fórmulas escritas e aprendidas como, por exemplo, o Pai-nosso ensinado por Jesus. A oração inclui toda comunicação espontânea, sem utilizar fórmulas. As duas chegam ao coração de Deus. O mais importante é dirigir-se a Ele com fé, e de coração sincero e humilde.
Na doutrina Católica, a oração é um dom da graça de Deus que vem ao encontro do homem e permite o estabelecimento de uma "relação pessoal e viva dos filhos de Deus, com o Pai infinitamente bom, com o seu Filho Jesus Cristo e com o Espírito Santo que habita no coração”.
Para os católicos a oração não tem a função de alterar a vontade de Deus, mas somente de obter para si mesmo e/ou para os outros, graças, bênçãos ou bens que Deus já estaria disposto a conceder, mas que deveriam ser pedidos primeiro, pelos que creem.
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