14 de Janeiro de 2014
Bem-aventurado Pedro Donders
“Defensor dos negros, dos índios e dos leprosos”
Pedro Donders nasceu em 27 de outubro de 1809, num povoado muito pobre no sul da Holanda. Sua família era muito católica. Ficou órfão de mãe quando tinha apenas seis anos de idade, e aos doze anos, deixou a escola primária para trabalhar como tecelão doméstico. Nos momentos de folga, era catequista.
Sua vocação era o sacerdócio, e depois de várias tentativas de ingressar numa congregação religiosa, e não ser aceito, por causa da saúde frágil e da idade, finalmente foi admitido em um seminário diocesano.
Foi ordenado sacerdote em 5 de junho de 1841, com 31 anos de idade. Um ano após a sua ordenação deixou a pátria para nunca mais voltar. Chegando ao Suriname trabalhou em Paramaribo, a capital, durante catorze anos. Foram atividades pastorais que tinham como foco os mais abandonados. Fazia parte desse trabalho, visitas aos escravos que viviam no abismo da miséria humana.
Em 1856 foi encarregado de coordenar a Pastoral dos Enfermos, dedicando-se especialmente aos leprosos de Batávia, numa espécie de reclusão para os excluídos da sociedade. A situação dos leprosos em Batávia era tão crítica, que seus antecessores não aguentaram mais que um ano. Pedro ficou quase trinta anos, sempre à disposição dos pobres. Não se contentava somente com palavras piedosas. Fazia de tudo, principalmente aos pacientes terminais. Levantava os doentes para dar-lhes de beber e lavava com zelo aquilo que nenhum ser humano gostaria de ver: um corpo humano quase decomposto, mas, vivo!
Em 1865 chegaram os Missionários Redentoristas no Suriname, com a missão de continuar os trabalhos de evangelização. Os padres holandeses poderiam retornar para a Holanda, mas padre Pedro decidiu ficar e pediu ingresso na Congregação do Santíssimo Redentor, aos 58 anos de idade. Como missionário redentorista retornou para os seus leprosos, em Batávia, e também trabalhou na evangelização dos índios.
Pedro Donders morreu com plena lucidez e orando fervorosamente, no dia 14 de janeiro de 1887, com setenta e sete anos de idade. Seu enterro foi comovente, pois todos os leprosos participaram, caminhando ou arrastando-se até o lugar do sepultamento.
No dia 23 de maio de 1982, o Papa João Paulo II o proclamou bem-aventurado.
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