19 de Janeiro de 2014
João viu que Jesus vinha a seu encontro e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. É dele que eu falei: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’! Eu também não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel”. João ainda testemunhou: “Eu vi o Espírito descer do céu, como pomba e permanecer sobre ele. Pois eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água disse-me: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!”
JOÃO APRESENTA JESUS COMO
O CORDEIRO QUE TIRA O PECADO DO MUNDO
Podemos destacar, de início, duas constatações que são essenciais para a nossa fé, neste evangelho: o testemunho de João Batista sobre Jesus e a constatação que ele faz sobre a descida do Espírito Santo. Em seguida, João apresenta Jesus Cristo como o Cordeiro que tem o poder de tirar o pecado do mundo.
Por que ele cita “cordeiro”? O cordeiro era o animal utilizado nos tempos da Antiga Aliança para ser oferecido em sacrifício a Deus, no altar do Templo, com a finalidade de alcançar o perdão dos pecados. Para a nossa visão de hoje isso é ultrapassado. Mas eles acreditavam na misericórdia de Deus, agindo desta maneira.
Até hoje existe esse tipo de sacrifício entre os judeus tradicionais. Para os cristãos esse costume não existe mais, porque Jesus já foi esse cordeiro, sacrificado na cruz, para que Deus perdoasse os nossos pecados. João anuncia Jesus como “o cordeiro”, como se já soubesse do sacrifício que Jesus iria passar ao ser morto na cruz.
Em sua humildade, João Batista procura elevar Jesus e se diminuir frente ao povo. Mostra que seu batismo com água é importante, mas o seu sucessor apresentará uma força bem maior, o Espírito Santo. Baita humildade e consciência da missão!
A IGREJA TEM PODER PARA PERDOAR PECADOS?
O poder de perdoar os pecados Jesus o confiou aos homens, inicialmente aos apóstolos e seus legítimos sucessores, no dia mais solene, o da sua Ressurreição, quando lhes apareceu e disse (Jo 20,21-23): "Assim como meu Pai me enviou, também eu envio a vós".
Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, eles lhe serão perdoados, e aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
A Igreja Católica vem desde os apóstolos de Jesus, que receberam tal poder. E ela continua utilizando o mandado do Mestre para aliviar as consciências e mostrar às pessoas abatidas pelo pecado, a misericórdia de Deus através do perdão.
Algumas pessoas afirmam: “Eu não me confesso com padre, porque ele também é pecador”. É verdade, e muitas vezes, mais pecador do que quem o procura para confessar. Só que a força do sacramento da confissão está acima da vida moral do padre que está ministrando o perdão. Quanto ao padre, ele irá prestar contas a Deus caso a sua vida não esteja sendo coerente à seriedade do ato. Além disso, ele mesmo é orientado pela Igreja a fazer a sua confissão com outro sacerdote.
Ao exercer a autoridade de confessor, o padre atua pelas mãos ungidas, consagradas no dia de sua ordenação, para manifestar, em nome de Cristo, a sua bondade em forma de perdão. Por isso mesmo, o padre faz o juramento de sigilo e não pode ser revelado o segredo de uma confissão, nem mesmo ao seu superior hierárquico. É um segredo que somente ele, Deus e a pessoa que confessou ficam sabendo.
Muitos rejeitam a confissão, algo divino estabelecido por princípios bíblicos, mas procuram terapias e conselhos com profissionais que, muitas vezes, não conhecem sequer, a sua formação, sua origem e suas intenções. Rejeitam um princípio divino e acolhem, sem critérios, a princípios puramente humanos. Pensemos nisso!
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