11/06 - Mt 10,7-13

11 de Junho de 2014

Mateus 10,7-13

“No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento.Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno.Hospedai-vos com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz.”

Entendendo

A FORÇA DA PALAVRA E A
RECUPERAÇÃO DA SAÚDE FEITA GRATUITAMENTE

Jesus dá orientações aos apóstolos de como eles deviam proceder na missão. Deixa claro que as orientações de Deus devem ser passadas, pois o povo não pode ficar na ignorância, mas, somente a Palavra não basta. Para mostrar força ela tem que transformar a vida das pessoas. É ai que entram as curas, para recuperar a vida do povo e mostrar o sinal forte da presença do Criador entre eles.

A recuperação da saúde das pessoas mostra que a promessa da implantação do Reino de Deus na terra não é vazia, ela transforma a vida das pessoas. É a vida humana que está sendo recuperada “ao vivo” e com sua força vital; é gente libertada de todo tipo de escravidão, adquirindo plenos direitos sociais e religiosos. Tudo isso indicava que Deus estava com o controle da vida humana, livrando-a do poder da morte.

Todo esse trabalho devia ser feito de graça, sem cobrar nada das pessoas. Dizia aos apóstolos que eles haviam recebido gratuitamente e assim deviam se comportar com o povo, porque era assim que seu Pai queria. A falta de gratuidade poderia levar o discípulo a tornar-se escravo do dinheiro, o que seria um contratestemunho.

Atualizando

PARA A PESSOA DE FÉ A
PROFISSÃO TORNA-SE UMA MISSÃO!

O trabalho faz parte da vida da pessoa. Somos filhos de um Deus trabalhador que, desde o início, se revela assim. Chama um povo para oferecer uma terra onde ele viva melhor e saia da escravidão do Egito, mas, para isso, faz suar, caminhar, batalhar para conquistar a terra; faz Jesus nascer de um pai adotivo que era carpinteiro e de uma mãe que era dona de casa...

O trabalho dignifica a pessoa humana. Deus cria dons diferentes e, na diversidade dos dons, surgem as mais diversas atividades, o que chamamos de ‘profissão’. Um dos objetivos da profissão é dar qualidade de vida à pessoa. Como reflexo do mundo capitalista que vivemos, a profissão pode significar, para muitos, como um meio de ficar rico e possuir status social. No entanto, fazendo a leitura do lado cristão, a profissão é uma missão que exercemos, de acordo ao dom que recebemos de Deus.

Quando pensamos desta maneira, nosso trabalho passa a ser um grande meio de realização, independentemente de ser reconhecido ou não, ou de receber um salário digno ou injusto. A missão ultrapassa a profissão e nos faz pessoas felizes e realizadas por nos sentirmos úteis, fazermos história, ajudar nossa sobrevivência e interagir com nosso semelhante.

Há também o perigo de exercer a profissão de maneira mecânica, repetida, rotineira; o perigo de reduzir a profissão a interesses mesquinhos, egoístas, visando unicamente o lucro. Muitos exercem a profissão sem ética e fazem dela um meio para explorar, dominar, humilhar, corromper; outros são movidos por uma concorrência desonesta e destruidora.

Pergunte a si mesmo: Onde está a missão em minha profissão?

A missão verdadeira dá sentido à profissão, dá vida, criatividade, autenticidade e prazer; a missão questiona, ilumina, orienta a profissão; a missão anima e, quando preciso, denuncia; a missão situa a profissão num projeto de vida maior; a missão é mais abrangente, mais dinâmica, vai sempre além da profissão.