21 de Novembro de 2015
Mateus 12,46-50
Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo". Ele respondeu àquele que lhe falou: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
Entendendo
“TODO AQUELE QUE FAZ A VONTADE DO
MEU PAI... ESSE É MEU IRMÃO, MINHA IRMÃ E MINHA MÃE!”
A resposta de Jesus ao portador da notícia sobre a presença de sua família pode, em princípio, soar mal e até grosseira e deselegante; mas demonstrava coerência com tudo que Ele estava pregando. Deus está acima da nossa família.
O rompimento com a família foi uma das exigências de Jesus para quem queria seguir a proposta de implantar com Ele, aqui na terra, o novo Reino. Por outro lado, aqueles que deixavam sua família natural, constituíam uma nova família formada pelos laços fraternos da fé.
Embora continuasse respeitando a sua família natural e cuidando dela, Jesus deixou claro que aquele que se identifica com o agir Dele, cria novos laços familiares, ao ponto de se sentir irmão. Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de pertencer a uma família, raça ou cultura.
Atualizando
“PADRE, COMO VOCÊ TEM CERTEZA
QUE DEUS TE CHAMOU PRA SER PADRE?”
Foi mandado embora do Seminário, entrou em crise, quase perde a vocação, mas não desistiu e hoje é um padre realizado.
Depois de uma caminhada no grupo de jovens e na minha paróquia, fiz o discernimento com a pastoral vocacional de minha diocese e vi que o Senhor me chamava mesmo para o sacerdócio, mas era preciso um passo de cada vez. No início do meu seminário diocesano, no ano de 1993, conheci a Canção Nova, na missão de Salvador, por intermédio de jovens com jeito alegre e fraterno de viver a vida consagrada e do trabalho que eles faziam na Rádio Excelsior de Salvador.
Fui dispensado do seminário diocesano, passei por uma situação muito dolorosa e quase perdi minha vocação. Busquei ajuda do responsável da Frente de Missão da Canção Nova em São Gonçalo dos Campos, cidade próxima a Feira de Santana (BA).
Lá, fui acolhido para fazer o meu segundo discernimento vocacional e, ao mesmo tempo, estudava o segundo ano de Filosofia. Foi muito doloroso ser dispensado do seminário, mas a Providência de Deus agiu para que eu encontrasse o meu lugar na Igreja, para que descobrisse o carisma correto, pois temos em nossa Igreja várias formas de viver o sacerdócio.
A primeira graça que experimento por ser padre é a espiritualidade da Eucaristia, pois o sacerdote é chamado a ser um homem de oração, de intimidade com Deus, um homem da Palavra e da Eucaristia. Rezo, ao ritmo da vida, a Liturgia das Horas, sempre em função do povo, que é a minha missão. Sou pai de uma multidão.
Outra característica que me atraiu foi – e ainda é – a vida Fraterna, ou seja, a vida comunitária. Somos, antes de tudo, homens de Deus, irmãos de todos.
O amor do sacerdote não deve ser exclusivo para uma ou algumas pessoas, mas para todos. A comunhão com a Igreja e a comunidade é o meio que Deus se utiliza para nos formar e curar, para equilibrar a nossa afetividade no concreto da vida, nos prepara como homens de Deus para o apostolado e a fecundidade, a paternidade sacerdotal.
Eu pesei, medi, analisei a fundo todos os meus sentimentos e motivações, fiz todos os cálculos, observei sacerdotes conhecidos e, durante os sete anos de estudos acadêmicos, fui bem acompanhado e me deixei acompanhar pelos meus formadores. Hoje, posso dizer que tenho sido fiel a Deus no meu chamado e na minha missão, encontrei o meu lugar na Igreja, a minha escola de santidade e minha realização como pessoa.
Padre Luizinho
Comunidade Canção Nova
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