20 de Março de 2016
Lucas 19,28-40 ou Lucas
23,1-49
Jesus caminhava à frente dos
discípulos, subindo para Jerusalém. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia,
perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo:
“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho
amarrado, no qual ninguém nunca montou. Desamarrai-o e trazei-o aqui. Se
alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que o desamarrais?’, respondereis assim:
‘O Senhor precisa dele’”. Os enviados partiram, e encontraram tudo exatamente
como Jesus lhes havia dito. Quando desamarravam o jumentinho, os donos
perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” Eles responderam: “O
Senhor precisa dele”. E o levaram a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o
jumentinho e ajudaram Jesus a montar. Enquanto Jesus passava, o povo ia
estendendo seus mantos no caminho. Quando chegou perto da descida do Monte das
Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a
louvar a Deus por todos os milagres que tinham visto. Todos exclamavam:
“Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!”...
Entendendo
BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR!
Hoje é Domingo de Ramos. Celebramos a
entrada solene de Jesus em Jerusalém, e o início da Semana Santa. Jesus vai a
Jerusalém com seus discípulos para celebrar a Páscoa. Chega montado em um
jumento. O que vai ser aclamado “rei” não monta um cavalo como os demais reis
da terra, mas um jumento, montaria simples dos pobres, simbolizando sua humildade.
Mostra, também, que Ele não é um rei guerreiro como os reis da terra que, com
suas tropas de cavaleiros, derramam sangue, matam e vencem as batalhas com a
força da lança, mas o rei da paz, servidor do povo.
Jesus é recebido pela multidão com folhas
de palmeiras nas mãos e aclamado, com gritos e alegria: “Bendito o Rei, que vem
em nome do Senhor”!
Essa mesma multidão que recebe Jesus
com esperança, que estende suas roupas no caminho enquanto Ele passa, que
acredita que sendo Ele o Messias a libertaria dos abusos religiosos, e da
opressão que sofria do império romano, alguns dias mais tarde, manipulada por
esse mesmo sistema religioso, político e opressor, acusaria Jesus de impostor,
pedindo a sua morte e O condenando a morrer na cruz.
Atualizando
“MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO SER HUMANO!”
“Maldito o homem que confia no ser
humano, que na carne busca a sua força e afasta do SENHOR seu coração!” Esta
dura afirmação é tirada do livro de Jeremias (17,5). Soa mal aos nossos ouvidos, mas refere-se ao que se afasta
de Deus e coloca sua total confiança
na pessoa humana. O ser humano em si é limitado, falho, “sem juízo” e, às
vezes, confuso quanto à sabedoria de Deus.
Este raciocínio pode ser aplicado ao
Evangelho inicial deste Domingo de Ramos. A cena é bonita, Jesus, de maneira
tão humilde, assume o reinado de Deus e entra em Jerusalém montado num
jumentinho, e todos O aclamam como o “Bendito que vem em nome do Senhor”!...
Mas, onde está a desconfiança na pessoa
humana? É que essas mesmas pessoas que seguravam ramos verdes e gritavam que
Jesus era rei, poucos dias depois, pediram para que Ele fosse condenado e
crucificado entre dois ladrões. Muitos deles tiveram seus familiares curados,
perdoados, acompanhados e ajudados por Jesus.
A que ponto chega a natureza humana!
Isso nos leva a questionar a nossa
coerência nos acontecimentos da vida e, sobretudo, do que somos capazes de
fazer com nosso semelhante, sem os valores cristãos que nos levam a amar, até
mesmo os nossos inimigos.
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