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segunda-feira, 21 de março de 2016

ABORTO, MORTE DE INOCENTES

ABORTO, MORTE DE INOCENTES


Não se pode matar diretamente um inocente, nem sequer para salvar outro inocente. Não podemos matar a criança para salvar a vida da mãe, assim como não podemos matar a mãe para salvar a vida da criança.

Vale lembrar o ensinamento perene do Papa Paulo VI, relativo à anticoncepção, mas que é perfeitamente aplicável ao aborto: “Nunca é lícito, nem sequer por razões gravíssimas, fazer o mal (por exemplo, matar a criança), para que daí provenha o bem (a saúde da mãe)”. Em outras palavras, um fim bom, por mais sublime que seja, não justifica um meio mau.

Pergunta-se, porém: ocorre alguma situação em que a morte do bebê causaria a salvação da vida da gestante? Entre dois males morais, temos o dever de rejeitar os dois.

Se a gravidez resulta de um estupro, o aborto é igualmente imoral. O estupro é, no caso, uma circunstância acidental que não muda a moralidade do ato. Do mesmo modo não se pode matar uma criança nascida de um adultério ou de um ato de prostituição.

Vale lembrar as palavras do Papa João Paulo II: “Nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma lei no mundo poderá jamais tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito, porque contrário à Lei de Deus, inscrita no coração de cada homem, reconhecível pela razão, e proclamada pela Igreja”.

Aliás, que culpa tem a criança para merecer a morte? Transferir a pena do autor do estupro para a criança inocente é uma injustiça monstruosa. Mais monstruosa que o próprio estupro! Alguém mataria uma criança de três anos concebida em um estupro? Se não podemos matá-la após o nascimento, por que então será lícito matá-la no útero materno?

Se admitirmos o aborto em caso de estupro, deveremos logicamente autorizar o assassinato de todos os adultos nascidos de um estupro (e eu conheço muitos deles). A repugnância contra o crime nunca pode converter-se em repugnância contra um inocente concebido neste crime. A vida é sempre um dom de Deus, ainda que gerada em circunstâncias pecaminosas.
Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente da Associação PróVida / Anápolis - GO

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