2 de Novembro de 2013
Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias (...). Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta, então, disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Jesus respondeu: “Teu irmão ressuscitará”. Marta disse: “Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia”. Jesus disse então: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?” Ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo”.
“SENHOR, SE TIVESSES ESTADO AQUI, MEU IRMÃO
NÃO TERIA MORRIDO!”
A ressurreição é o maior objetivo que nós cristãos devemos almejar. Ou seja, morrermos e nos reencontrarmos face a face com o Criador. É ser recebido com o abraço de missão cumprida, após nossa passagem neste mundo.
Conscientes ou inconscientes todos nós queremos ser salvos, logo, todos queremos ser ressuscitados. O contrário disso é ser materialista e ter uma concepção pobre da vida, conforme Paulo afirmou: “Se temos esperança em Cristo somente para esta vida, somos os mais dignos de compaixão de todos os homens” (1Cor 15,19-20).
A passagem do Evangelho de hoje sobre Lázaro é uma catequese da ressurreição. Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu encontro enquanto sua irmã, Maria, permanece sentada. Marta se destaca do grupo, formado pela irmã e pelos judeus, caracterizado pelo luto.
Deixando este grupo para ir ao encontro de Jesus, Marta deixa o luto e se coloca do lado do Senhor dos vivos. E, diante d’Ele, ela se coloca como uma mulher de fé que confia em Jesus: “Senhor, se tivesses estado… Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”.
A iniciativa de Marta traz duas constatações: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte, e também permitido reavivar toda a esperança. Assim sendo, Marta afirma a sua fé na ressurreição.
SEJA AMIGO DA MORTE!
Certa feita, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela pudesse fazer nada. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre, colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu, cheia de esperança, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. “Muita gente já morreu nesta casa”; “Desculpe, já houve morte em nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.” Depois de percorrer a cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição. Voltou ao mestre e disse: “O sofrimento me cegou a ponto de eu imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte”.
Fonte: www.ip.usp.br
Seja amigo da morte! Estranho, não! Mas é preciso quebrar a barreira que nos distancia dessa realidade. Não para se esquecer de viver, não porque seja bom deixar de existir. Mas simplesmente porque ela vai acontecer e não somente comigo e com você, mas com todos os que andam ou venham a andar sobre a Terra.
A você e a mim, portanto, resta apenas aprender a conviver com ela. Encará-la de frente, compreendê-la e admiti-la, em vez de tentar escamoteá-la, negá-la ou escondê-la debaixo do tapete. E, quem sabe assim, sofrer menos com a visita que ela nos fará um dia e com os eventuais sinais da sua presença que ela já plantou ao nosso redor.
Para que essa “amizade” seja selada de maneira mais forte, basta acreditar que ela nos libera para o que mais desejamos um dia – reencontrar-nos com Deus! Desejo uma excelente vida para você, caro leitor. E uma boa morte!
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